Ausência de infraestrutura adequada; insuficiência de profissionais na área; a falta de políticas de segurança diferenciada; a carência de projetos pedagógicos; estas e outras problemáticas corriqueiras no âmbito educacional tem ganhado espaço notório na rede pública municipal de ensino; e a Prefeitura de São Luís? Certo, vive num estado de apatia; sem apresentar soluções contundentes e ações objetivas no intuito de resolver essa situação que vem atingindo não só o espaço escolar (alunos e Professores), mas também a sociedade civil em geral.
Se pensarmos criteriosamente diante nessa situação caótica em nome das famílias com baixo poder aquisitivo; deixar seu filho num espaço vulnerável, sem políticas de segurança e pedagógicas, além da ausência de atividades complementares que ajudam no fortalecimento e desenvolvimento do aprendizado; seria uma injustiça sem tamanho! Mas o secretário Municipal Geraldo Castro, gestor da pasta educacional, tem se mostrado frio para o caos que consterna os espaços escolares.
Com base nesse aspecto, o campo da psicologia nos remete a pensar que todo ser humano precisa de algo diferenciado para evoluir em determinadas situações que encontram ao longo da vida. Pensando dessa forma, voltamos ao espaço escolar; o que o ambiente escolar tem proporcionado aos alunos? São atos de violência? Por que nossos jovens e nossas crianças estão extremamente violentos? O que tem gerado essa violência dentro do âmbito educacional? Falta de investimentos na educação da rede pública? É a falta de políticas públicas? O espaço escolar não tem sido um local atrativo?
Embasado nesses questionamentos oriundos da prática e da realidade já vivida dentro das escolas, nos faz pensar como tudo isso vem acontecendo. É negligência, descaso ou incompetência? O que falta acontecer para Administração Pública acordar?
Crise
Crise na Educação pública municipal? Sim, porém, dentro dessa perspectiva, ninguém acentua as dificuldades do ambiente educacional como um objeto de fazer política, mas o gestor da pasta da educação vive numa crise demasiada, prestando um serviço de péssima qualidade e contribuindo para a decadência do corpo escolar.
O papel do Sindicato é fazer política sindical, jamais realizar política partidária com incentivo de derrubar alguém de seu referido cargo, entretanto, a realidade de todos os dias é uma administração pública desrespeitosa e negligente perante as mazelas da comunidade educacional; muito pelo contrário, sem poder de mudança, a força sindical exerce um forte papel de denunciar e cobrar do poder público, uma educação pública de qualidade no sentido de transformar a atual realidade que se encontra o ensino público de São Luís.
Comparando os anos de 2009 a 2015, o mote do governo municipal tem sido atrasar uma série de benefícios que são direitos garantidos no Estatuto do Magistério e no Plano de Cargos, Carreiras, Vencimentos (PCCV), como por exemplo, as titulações de 2014 que possuía um prazo estabelecido para serem pagas; pois é, ficou novamente no juramento desde o período da greve (2014). Dentro do contexto atual, é necessária muita briga do Sindicato dos Professores da Rede Municipal de São Luís para garantir que esses direitos sejam cumpridos de fato. Esse governo, na verdade, só funciona a base da pressão, caso contrário, fica por isso mesmo. E assim caminha educação municipal, a base de uma abundante pressão.
Engodo por cima de engodo; o prefeito Edivaldo Holanda Junior, desde 2013, quando assumiu a Prefeitura de São Luís, alardeou uma série de investimentos, principalmente nas áreas da saúde, educação e mobilidade urbana, mas tudo isso, não passou de falácias e promessas para tentar adquirir prestígio e um eleitorado fiel. Esse discurso omisso vem caindo por terra, a cada problemática, a cada descaso apresentado.
A situação que já era difícil com a falta de infraestrutura das escolas, número insuficiente de profissionais para atender satisfatoriamente a quantidade de alunos, prejudicando assim a qualidade do ensino, a terceirização fomentada pela prefeitura, entre outras mazelas, foi agravada com a retirada dos vigilantes armados que faziam a segurança em algumas escolas da capital, ou seja, a rede pública de ensino de São Luís virou uma “Terra de Ninguém”.
Além disso, após anunciar um concurso público que até hoje as crianças e os professores aguardam ansiosamente, é o indício de que o prefeito Edivaldo Holanda Junior pretende continuar desprestigiando a educação. “Nesse governo municipal nunca se prometeu tanto e se fez tão pouco”. Infelizmente essa é a dura realidade vivida pelos profissionais que integram a educação pública.
Levantamentos
Na verdade, o Brasil (considerado como uma potência global), comparado com a educação de outros países, é triste; na última pesquisa realizada pela consultoria Britânica Economist Intelligence Unit (EIU), a Associação Brasileira de Educação do Rio de Janeiro (ABE-RJ), divulgou que o país brasileiro, numa estimativa de 76 países de grande porte, ocupa nada mais nada menos do que a 60ª colocação, isso em termos de infraestrutura arquitetônica; ausência de formação profissional; investimentos em atividades pedagógicas (lazer, cultura, esportes variados e etc), acessibilidade para portadores com deficiência, além de requisitos básicos para manutenção escolar.
A Finlândia, país referência na educação mundial, utiliza ferramentas variadas que proporcionam qualidade de ensino a professores e alunos. Dentro das unidades, segundo estudantes e pesquisadores da área, existe uma nomenclatura onde tudo é bem organizado e bem elaborado pela sistema educacional do país.
Mudanças
É comum encontrar no interior das escolas várias limitações no ambiente. As razões alegadas variam desde a escassez de profissionais à acessibilidade arquitetônica (infraestrutura). “A vulnerabilidade vista em escolas da rede municipal é uma realidade verídica e necessita ser observada com outros olhos pelo poder público de São Luís. A educação municipal precisa urgentemente de uma atenção especial, caso contrário, vamos perder nossos alunos para o mundo da criminalidade. Além disso as escolas sucateadas e deterioradas são a imagem de um governo descompromissado com o processo educacional”, acentuou a Professora Elisabeth Castelo Branco, presidente do Sindeducação.