É com extrema revolta que a Diretoria do Sindeducação vem expressar seu mais profundo repúdio ao Governo do Estado do Pará que, a pretexto de aprovar um pacote de duros ataques à categoria docente, jogou a Polícia Militar do Estado contra professores e professoras que protestavam em frente à Assembleia Legislativa do Pará nesta quarta-feira, 18 de dezembro de 2024, durante a votação do pacote que altera o Estatuto do Magistério e impõe arrocho aos docentes, mudando jornada de trabalho e mexendo com gratificações.

O governador Helder Barbalho passa à História como mais um inimigo da Educação Pública e dos professores e professoras, juntando-se a nomes nada honrosos como Beto Richa, do Paraná, ou o finado João Castelo, do Maranhão.

Se a vergonhosa aprovação desse pacote, mais um que se insere no momento de arrocho aos trabalhadores e trabalhadoras e em especial à Educação Pública, já é motivo suficiente de externarmos nossa total solidariedade aos professores e professoras do Pará, mais ainda vimos abraçá-los neste momento em que um filho da oligarquia local mostra suas garras contra a categoria.

Que a vitrine que o estado que vai sediar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (Cop30) ano que vem sirva também para mostrar ao mundo a truculência e os desmandos de Helder Barbalho contra suas vítimas.

Por nosso turno, que nossa categoria fique alerta, para cerrarmos fileiras contra os ataques que se espalham e se anunciam, para seguirmos juntos e juntas também em 2025, pois somente assim poderemos defender nossos direitos e nos proteger contra essas ameaças que, como vimos, podem ser inclusive físicas, contra aqueles e aquelas que fazem de sua atividade laboral um instrumento de libertação da consciência de nossa classe.

Reafirmamos, portanto, nosso chamado a todos e a todas a cerrarem fileiras numa grande, histórica e vitoriosa frente de defesa da educação pública, laica, de qualidade socialmente referenciada, inclusiva e que respeite a (s) diversidade (s).

São Luís, 20 de dezembro de 2024.

Sindeducação – 52 anos na luta.