
Nunca nos últimos tempos a categoria de professores foi tão achincalhada como foi no Governo Bolsonaro. O atual presidente do Brasil acusou educadores (as) de ideologias que jamais foram praticadas nas escolas, roubou o tempo de serviço no período de quem trabalhou exaustivamente, assinando uma lei (N⁰ 173/2020) que não contabilizava o período da pandemia para contagem de alguns direitos, como anuênio.
Diante deste forte ataque à Educação e de um cenário assustador de fome, desemprego e de retrocesso assolando o país, que professores (as) da rede pública municipal atenderam a convocação do Sindeducação para Assembleia Geral realizada na última sexta-feira, 21 de outubro, e deliberaram votar na esperança e na possibilidade de lutar por um futuro da seguinte forma: apoiar o presidente Lula.
Foi patente em todas as intervenções da plenária, o acordo de que devemos derrotar Bolsonaro nas urnas no próximo dia 30 e que Lula é a única maneira de reconstruir o país nos próximos anos.
Por unanimidade, professores (as) presentes também afirmaram que é função do sindicato lutar pelos direitos da classe trabalhadora e quem elege a educação e seus profissionais como seus maiores inimigos não pode ficar mais 4 anos no poder.
Durante mais de três horas de Assembleia Geral, categoria, diretoria do Sindeducação e convidados especiais, como as representantes do Sinasefe – Seção Maracanã, da União da Juventude Socialista (UJS) e do Grupo de Estudos e Pesquisas “História, Sociedade e Educação no Brasil/HISTEDBR, expuseram seus pontos de vistas e preocupação com o que vem acontecendo no país, não somente com o desmonte da educação pública – o governo Bolsonaro tem o objetivo de destruir o Estado Brasileiro, além disso, é um governo que desrespeita mulheres, negros e negras, LGBTQIA+, crianças, idosos, indígenas, quilombolas, deixa de investir em programas sociais, é promotor de Fake News e que rompe com o princípio do Estado Laico brasileiro, utilizando as igrejas e a fé como balcão de negócios.
Entre as falas dos participantes destaque para a redução dos investimentos nas áreas da Educação – a menor dos últimos 10 anos, e repasse de valores exorbitantes em emendas do Orçamento Secreto, sem nenhum tipo de transparência com os gastos públicos.
“O caos vivenciado no país é tão assustador que estamos diante da volta da poliomielite, doença que estava erradicada desde 1994. Trata-se de um governo extremamente negacionista, como vimos com a pandemia da covid-19 ”, declarou um professor.
Na oportunidade, os diretores do Sindeducação destacaram que o saldo final do governo Bolsonaro é simplesmente desastroso: 33 milhões de brasileiros passando fome e 60 milhões abaixo da linha da pobreza. Somados às mortes por covid, ao desastre ambiental, ao desmonte da previdência e dos serviços públicos, um governo que entra para a história como um dos piores à classe trabalhadora.
O Sindeducação externou sua posição reafirmando que sua defesa é pelos direitos democráticos chamando voto para o Lula, pois o desafio não é só derrotar Bolsonaro, mas o bolsonarismo, tarefas que precisarão ser cumpridas nos próximos dias nas ruas, no ambiente escolar, na comunidade e outros espaços.
Nós do Sindeducação, acreditamos que o voto em Lula é um meio de reafirmar nossa independência, defendermos as liberdades democráticas e de também nos prepararmos para as inúmeras lutas que virão para os próximos anos.