O Sindeducação realizou plenária na sede administrativa, na tarde desta segunda-feira, 7 de agosto, para dialogar sobre o andamento da greve, bem como definir as próximas atividades da agenda de luta. Os professores marcaram presença e mostraram engajamento na construção da greve geral.
A presidente do Sindeducação, professora Elisabeth Castelo Branco, iniciou o discurso falando sobre o trabalho estratégico de mobilização desenvolvido pela direção sindical ao longo dos últimos meses, em prol do fortalecimento da frente de luta contra as iniquidades do governo municipal. A líder sindical também destacou a necessidade de manter resistência através da luta organizada para garantir direitos e melhorias no âmbito profissional, visto que a categoria vem sendo lesada pela política de desvalorização e de austeridade dos governantes.
“Precisamos de unidade e força neste momento de enfrentamento. Não podemos aceitar o discurso da prefeitura que insiste em dizer que não há recurso financeiro para conceder o reajuste, pois isso não passa de um engodo. A previsão orçamentária do FUNDEB é de mais de R$ 325.000.000,00 (trezentos e vinte e cinco milhões de reais) para este ano, sem falar na contrapartida do município através do MDE e dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Também não podemos aceitar a situação caótica das escolas públicas do município, e a falta de suporte pedagógico para que possamos desenvolver o processo ensino e aprendizagem. Somos professores e não podemos recuar diante da afronta da gestão pública, que prefere tolher o direito do educador e dos educandos, ao invés de priorizar e ofertar uma educação pública de qualidade”, disse a professora Elisabeth.
O assessor jurídico da entidade sindical, Antônio Carlos Araújo, tirou dúvidas pontuais dos professores e explicou que caso haja ameaça por parte da direção da escola ou qualquer insinuação de retaliação, o professor deve levar o caso ao sindicato para a tomada de providências. Nesta primeira semana de greve, vários episódios com intenção de intimidar o professor já foram apurados pela direção sindical e prontamente encaminhados à assessoria jurídica.
“Segundo a assessoria jurídica do Sindeducação, todos esses episódios já eram previstos, por isso que o sindicato se antecipou aos fatos e ingressou com uma ação para garantir a legalidade da greve e evitar prejuízos para os educadores. ” Veja aqui a matéria na íntegra.
“Nós temos plena consciência que a Prefeitura de São Luís vai tentar de todo jeito desmobilizar a nossa greve, por isso que já entramos com uma ação para garantir que os professores não sejam prejudicados. Não podemos recuar diante da afronta do governo municipal. Estamos aqui para garantir os direitos dos professores”, garantiu Antônio Carlos Araújo, advogado do Sindeducação.
O representante jurídico também salientou que já entrou com ação junto ao Tribunal de Justiça para apreciação dos motivos legais que levaram a deflagração do movimento paredista.
O resultado da plenária foi muito produtivo; vários professores compareceram e essa adesão mostra a força da nossa greve; com união e coesão iremos ainda mais fortalecidos e combativos para a luta”, frisou a vice-presidente, professora Josidete Barbosa.
Encaminhamentos
Por consenso, foi definida a realização de uma Assembleia Geral, que acontecerá no dia 17 de agosto, para dar prosseguimento as discussões sobre as demandas da greve. O local e o horário serão divulgados em breve.
Agenda de Greve
09.08.2017
Ato Público – O Grito pela Educação Municipal
Concentração: Praça Deodoro
Horário: a partir das 17h
10.08.2017
Blitz nas escolas
Concentração: sede do Sindeducação
Horário: 7:30 (manhã) / 13:30 (tarde)
11.08.2017
Blitz nas escolas
Concentração: sede do Sindeducação
Horário: 7:30 (manhã) / 13:30 (tarde)
14.08.2017
Plenária
Local: sede do Sindeducação
Horário: 15h
Professor, a luta é coletiva e precisamos seguir unidos, combativos e engajados. Verás que um professor não foge à luta. Respeito e valorização, já!
Acompanhe outras notícias sobre a greve.
Professores aderem a greve por melhores condições de trabalho e reajuste salarial
Professores da Rede Pública Municipal iniciam Greve Geral por tempo indeterminado
