Diretoria do Sindeducação inicia calendário de visita às escolas da rede municipal de São Luís

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A diretoria do Sindeducação – gestão Resistir, Lutar e Avançar nas Conquistas iniciou o cronograma de visita às escolas da rede municipal de São Luís, na manhã desta terça-feira, 17. A comissão sindical compareceu à UEB Rosália Freire, localizada no bairro Bacanga, para dialogar com os professores da escola.

Durante a visita à unidade de ensino, os diretores sindicais se reuniram com os educadores para tratar de alguns problemas administrativos, especialmente no que se refere ao calendário de encerramento do ano letivo de 2016, que tem gerado insatisfação aos professores, bem como a falta de condições de trabalho. Estiveram presentes, a vice-presidente, Josidete Barbosa; o primeiro secretário-geral, professor Giorgio Lira e a segunda secretária, professora Orfisa Surama.

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O Cenário de calamidade ainda impera na UEB Rosália Freire

Após três anos integrando uma das posições na lista das escolas que seriam reformadas, em cumprimento ao TAC -Termo de Ajustamento de Conduta acordado entre o sindicato, ministério púbico e prefeitura- após a greve de 2014, a unidade de ensino ainda se encontra com a mesma estrutura precária, e já não mantém condições básicas para o funcionamento de espaço escolar. A estrutura do prédio está marcada por pichações; banheiros sucateados e inapropriados para uso; as salas de aulas não apresentam estrutura básica para o desenvolvimento das atividades pedagógicas.

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“Não dá para acreditar que esta seja a imagem de uma sala de aula, um lugar onde nasce o conhecimento, as ideias, onde se transformam sonhos em esperança. Enquanto professores, nós queremos e lutamos por uma educação de qualidade para nossas crianças e adolescentes, e ao ver essa triste realidade, nos revolta”, expôs a professora, Orfisa Surama.

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Outro fato observado são as poças de água, que ficam concentradas no entorno do prédio e contribuem para proliferação de mosquitos na região, além da grande concentração de lixos no local. Com a ausência das janelas, os docentes e discentes sofrem com o período chuvoso, pois a água invade os espaços e impossibilita o processo ensino e aprendizagem. Com a ação das fortes chuvas, uma sala foi interditada após alagamento. Nos arredores da escola são identificados mais problemas estruturais como uma parte do muro desmoronada desde 2014 e o crescimento da vegetação.

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Os professores também denunciaram a falta de segurança no local, e que por várias vezes foram vítimas de assalto. Uma professora, que preferiu não se identificar, falou que já foi assaltada três vezes na porta da UEB. Outra reclamação dos docentes é referente a falta de material didático e pedagógico, que não estão sendo ofertados pela Secretaria Municipal de Educação (SEMED), e os educadores estão arcando com essas despesas.

Recentemente, o governo municipal lançou uma matéria destacando as “vantagens” que o professor da rede pública municipal de São Luís agrega em sua carreira profissional, mas esconde a realidade sobre a condições físicas das escolas, e segue inerte e alheio às necessidades da rede pública.

“O professor é cobrado pelo rendimento do aluno; é atacado por ter direito a aposentadoria especial; é alfinetado porque ganha um pouco acima do piso do magistério, mas o que ninguém percebe é que os professores são submetidos a condições subumanas para realizar o seu trabalho, e com todas as dificuldades enfrentadas continuam desenvolvendo, com excelência, a arte de ensinar”, desabafou o professor, Giorgio Lira.

Como medida, os professores elaborarão um relatório com as demandas acima citadas encaminhando-o posteriormente ao SINDEDUCAÇÃO, que endossará tais reivindicações solicitando à SEMED uma reunião para tratar dos problemas pedagógicos, de segurança e reivindicar a reestruturação do local.

“Nós, enquanto entidade sindical seremos fortes e incisivos nas cobranças ao poder público. Daremos continuidade ao trabalho de visita às escolas, averiguando e cobrando pontualmente dos órgãos competentes”, frisou a professora, Josidete Barbosa.

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1 comentário

  • Maria disse:

    Será que algum político colocaria seu filho (a) pra estudar numa escola com essas condições, a escola onde trabalho não se encontra melhor do que está hj amanhece alagada por causa da chuva pois há goteiras e a uma laje que lá existe está há anos com infiltrações e corre o risco de desabar e eu me pergunto caso um desfortúnio desse aconteça e machuque um aluno ou funcionário quem irá se responsabilizar?

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