RESISTÊNCIA | CNTE participa da Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora

Nesta quarta-feira (20), Jair Bolsonaro (PSL) entregou ao Congresso Nacional a proposta de reforma da previdência que prejudica a aposentadoria, em especial para os mais pobres, e reduz o valor dos benefícios. Mas os trabalhadores reagiram e protestaram, em diversos estados do país, contra esse ataque.

A CNTE participou da manifestação que ocorreu na Praça da Sé, em São Paulo, local onde foi realizada a Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora. Na avaliação do presidente da CNTE, Heleno Araújo, o ato foi importante por reunir todas as centrais sindicais em um espaço deliberativo: “O que foi apontado por todos é a necessidade de manter a unidade dos trabalhadores para agir em conjunto contra todas as medidas do Bolsonaro que venham prejudicar a classe trabalhadora, que já começou a com a previdência social.”

Heleno Araújo explicou que a proposta de reforma da previdência pode trazer um impacto negativo para os trabalhadores em educação no geral e os professores fortemente: “A reforma tira a perspectiva de aposentadoria especial, por exemplo. Sendo professor ou professora, que é a maioria da nossa categoria, ambos vão ter que aposentar com 60 anos de idade. Isso traz 10 anos a mais de trabalho pra professora e cinco anos a mais para o professor, além de trazer prejuízos salariais. Se eles se aposentarem com essa idade de 60 anos, o professor só vai levar 60% do que recebe em atividade. Para que ele possa se aposentar integralmente, ele vai ter que passar mais tempo contribuindo.”

Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, a proposta é um retrocesso: “Além do trabalhador não conseguir se aposentar, essa reforma praticamente acaba com todos os benefícios assegurados pela Previdência. Se o trabalhador ficar doente, não conseguirá mais se afastar pelo INSS, é isso o que representa essa proposta”.

PEC da Reforma
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência entregue por Bolsonaro inclui itens como o fim da aposentadoria por tempo de contribuição e implementação da obrigatoriedade de idade mínima para aposentadoria de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres. Também propõe a transição de dez a doze anos, menor do que a proposta pelo ilegítimo ex-presidente Michel Temer, que era de 20 anos; e que as mudanças afetarão igualmente os trabalhadores e trabalhadores da iniciativa privada, vinculados ao Regime Geral da Previdência Social (RGSP) e os servidores públicos, vinculados ao Regime Próprio de Previdência Social (RPPS).

 

Fonte: CNTE.

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