Sindeducação visita a UI Rosa Mochel Martins e verifica a precariedade do local

As professoras, Elisabeth Castelo Branco, Izabel Dias e Raimunda Gualberto, presidente, 1ª tesoureira e secretária de Assuntos Jurídicos respectivamente, dão continuidade aos trabalhos de visita às escolas da rede pública municipal e identificam graves problemas estruturais na UI Rosa Mochel Martins (municipalizada), localizada na Vila Embratel.

O espaço escolar, que abriga cerca de 350 alunos do 1º ao 5º ano, funciona em situação precária. As salas de aula são úmidas, sem iluminação – apenas uma lâmpada para cada sala – abafadas e sem ventilação, somente alguns ventiladores funcionam; uma professora teve que comprar ventilador com recurso próprio, para suportar o intenso calor. O forro de toda escola está comprometido e ameaça desabar.  A escola está infestada por cupins e tem grande foco de vespas. A chuva também é um sério problema, pois quando chove as salas de aula ficam alagadas.

Veja a galeria de fotos da UI Rosa Mochel Martins 

“Não aguentamos mais essa situação, é desestimulante! Eu já falei com o secretário de Educação, Moacir Feitosa, e o próprio disse que até o final do ano de 2016 a escola receberia reforma, mas não apareceu ninguém da Semed para verificar a situação precária da escola. No inverno, minha sala de aula vira uma lagoa; com a umidade da parede, tive que retirar todos os trabalhos expostos; assim, não tem como trabalhar”, relatou a profª do Estado, Lindinalva Prazeres.

Além de a falta de infraestrutura, a unidade de ensino não tem funcionário suficiente para limpeza, pois conta apenas com uma prestadora terceirizada que limpa a escola esporadicamente; as salas de aula são superlotadas e os professores utilizam quadro de giz, outro fator prejudicial à saúde dos docentes.

De acordo com a professora Iran, o local é extremante insalubre. “Trabalho em uma sala quente e abafada no período da tarde e estou enfrentando sérios problemas de saúde em decorrência da falta de infraestrutura”, conta a professora do Estado.

A escola mantém professores e diretores do Estado, e apenas uma professora do município.

A presidente do Sindeducação, profª Elisabeth Castelo Branco, dialogou com os professores sobre os problemas enfrentados e enfatizou: “não podemos aceitar com normalidade essas condições de trabalho. Nesse ambiente, professores e alunos acabam ficando desestimulados e doentes. O sindicato vem denunciando as condições de trabalho dos profissionais do magistério, pois o nosso objetivo é que o docente tenha um local adequado e de qualidade para trabalhar; já sofremos com a política de arrocho salarial e, ainda, temos que trabalhar em condições subumanas. O sindicato não aceita essa situação e irá cobrar providências urgentes da Semed”.

O Sindeducação levou o promotor da Educação, Paulo Avelar, à UI Rosa Mochel, para que o mesmo constatasse as condições da escola. O promotor comprometeu-se em retornar para fazer a inspeção no local na terça-feira, 21.

Visita à UEB Orquídea Santos (Ed. Infantil)

A direção sindical também visitou a UEB Orquídea Santos (educação infantil), situada na Vila Embratel. A escola apresenta boa estrutura, mas a parte externa do prédio está tomada pelo mato. O sindicato identificou que há área para recreação, mas o local não é apropriado para crianças e está sucateado.

“Têm muitas escolas com ótimos espaços para atividade física, mas, infelizmente, a Semed não investe na melhoria desses ambientes, isso prejudica o processo ensino e aprendizagem. As crianças da educação infantil e das séries iniciais precisam de um local apropriado para o desenvolvimento das atividades pedagógicas recreativas e das atividades de educação física,  porém, esse lugar precisa atender aos padrões de qualidade e segurança”, expôs a profª Elisabeth.

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