O Sindeducação deu continuidade aos trabalhos de visitas das escolas da rede municipal de São Luís, na manhã desta quarta-feira, 29. As diretoras, Josidete Barbosa e Nathália dos Santos, visitaram a UEB Rubens Texeira Goulart (Anexo Pax), UEB Maria José Vaz, UEB Cidade Olímpica (polo), UEB Cidade Olímpica (anexo): Renascer da Educação, UEB João e Maria e UEB Antônio Vieira.
As professoras constataram que duas escolas não estão funcionando e não há previsão para o retorno das atividades. O anexo Pax da unidade de ensino Rubens Texeira Goulart funciona em um prédio sem infraestrutura básica; o telhado está todo comprometido e quando chove o prédio é alagado, impossibilitando a permanência de professores e alunos; além destes problemas, a rede elétrica danificada por falta de manutenção causou uma pane elétrica, e os docentes tiveram que encerrar o ano letivo de 2016 sem energia. As aulas iniciariam no dia 15 de março, mas devido a precariedade estrutural do espaço escolar que oferece risco à comunidade escolar, as aulas foram suspensas. Em 2016, o Sindeducação também denunciou e alertou para a gravidade dos problemas de infraestrutura do prédio.
A UEB Maria José Vaz continua funcionando em um prédio alugado que também não oferece condições viáveis para abrigar os educadores e educandos. Há três anos, a comunidade escolar sonha retornar ao prédio polo desta unidade de ensino, que até hoje não foi reformada. No local foi observado vários materiais de construção abandonados, fiação para reparo do sistema elétrico solta, salas inacabadas, dentre outros fatores que comprovaram que a obra continua paralisada, enquanto estudantes e professores permanecem sem lugar apropriado para o desenvolvimento do ensino e aprendizagem.
Outra unidade de ensino que não apresenta qualidade estrutural é o anexo da UEB Cidade Olímpica “Renascer da Educação”, que atende crianças do 1º ao 5º ano que são alocadas em pequenas salas, tendo em média 30 alunos cada. As turmas abafadas e pequenas têm um ventilador enferrujado e defeituoso para “amenizar” a temperatura quente do prédio. No polo, a situação também é precária e necessita de manutenção. “O Sindeducação já denunciou essa situação por diversas vezes e continua cobrando aos órgãos competentes que assumam suas responsabilidades e resolvam de forma efetiva o problema”, destacou a professora Nathália.
Na UEB Antônio Vieira, pais e professores se reuniram para tratar sobre a problemática de infraestrutura da escola, que na manhã de ontem, 28, uma professora foi lesionada após uma lâmpada cair e atingir sua cabeça. O episódio deixou professores, alunos e pais temerosos com a possibilidade de outro acidente acontecer, visto que os forros das salas estão deteriorados e as paredes estão sendo afetadas pela infiltração, além dos ventiladores e janelas danificados. O telhado da quadra esportiva ameaça desabar e também está em péssimas condições. Os docentes e discentes também convivem com um terrível mau cheiro que exala da cozinha. “ A sensação é agoniante, não sei como eles conseguem conviver com esse odor”, lastimou a professora Josidete.
O Sindeducação prestou apoio à professora lesionada e também aos professores da escola. No ato da reunião, os pais e professores revoltados com a situação resolveram paralisar a unidade de ensino e realizar uma grande manifestação em protesto ao descaso do governo municipal, no dia 31 de março, na porta da Escola.
“O cenário de abandono da rede municipal de São Luís vem sendo, diariamente, denunciado pelo Sindeducação; nós temos cobrado do poder público uma gestão eficaz e responsável com a educação de São Luís, que invista em políticas educacionais e resolva de forma concreta os problemas que assolam o ensino público da capital. E, assim permaneceremos firmes e engajados nesta luta em prol da qualidade da educação e da valorização dos profissionais do magistério”, sustentou Josidete Barbosa.
A entidade sindical encaminhará as denúncias aos órgãos competentes para apuração de reponsabilidades, e permanecerá fiscalizando, denunciando e lutando por melhorias significativas no sistema educacional de São Luís.