Greve geral: educadores paralisam atividades em resposta às medidas nefastas do Governo Temer

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São Luís e o Brasil inteiro parou para protestar contra as reformas do governo golpista de Michel Temer, que retiram os direitos dos trabalhadores. Foram vários pontos de manifestação na ilha de São Luís: trechos da Br 135, Barragem do Bacanga, Avenida Jerônimo de Albuquerque, porto do Itaqui e Praça Deodoro.

A Greve geral foi convocada pelas oito centrais sindicais – CUT, UGT, CTB, Força Sindical, CSB, NCST, Conlutas e CGTB a fim de combater a política de retrocesso proposta pelo governo federal. Mais de 20 sindicatos,  movimentos sociais e populares aderiram à greve geral em São Luís.

Desde o início do dia, o Sindeducação se concentrou no centro da Capital e coordenou  as manifestações na Praça Deodoro. “Estamos aqui desde as 06 horas da manhã para lutar pelo futuro dos nossos filhos, dos nossos netos. Nós, como sindicalistas, educadoras, mães, não podemos nos calar diante desse governo que a cada dia agride o trabalhador brasileiro e retira direitos históricos, conquistados com muito luta, disse a professora Elisabeth Castelo Branco.

Tudo Parou!

Rodoviários, bancários, comerciários, aeroportuários e diversas outras categorias também paralisaram as atividades transformando a greve geral em um grande ato unitário. A cidade ficou deserta. Os ônibus não circularam; o centro comercial não abriu; navios ficaram sem descarregar e trens não seguiram viagem.  “Hoje mostramos para o Governo Temer que o gigante que estava adormecido, levantou; não aceitaremos essas reformas e vamos lutar, firmemente, para mudar a atual trajetória do país”, sustentou a professora Elisabeth.

Movimento com Unidade

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Desde as primeiras horas da manhã, a entrada da cidade foi bloqueada nos dois sentidos, na altura do km 2 da BR 135, na Vila Itamar, ninguém entrou ou saiu da capital. Na Barragem do Bacanga, na área Itaqui Bacanga, sindicalistas bloquearam as duas vias da Avenida dos Portugueses, evitando o fluxo de carros para a empresa Vale e Porto do Itaqui. Metalúrgicos também cruzaram os braços e nenhum trem entrou em funcionamento. Motoristas de ônibus, cobradores e fiscais se recusaram a sair das garagens e os professores, em massa, não foram às escolas. “Hoje, nossa luta tem só uma cara, um só inimigo. Temos nossas divergências ideológicas, sindicais, mas nesse momento lutamos por uma causa maior, pelo futuro desse país, pelas nossas crianças, pela educação. O governo Temer quer acabar com a nossa luta, com os sindicatos que representam toda a nossa categoria; precisamos permanecer organizados no enfrentamento, buscando unidade e força para derrubar esse presidente golpista e acabar com a corrupção no Brasil, frisou a líder sindical, Elisabeth Castelo Branco.

Medidas maléficas

A reforma trabalhista foi aprovada na noite desta quarta-feira, com 296 votos a favor e 177 votos contrários. Agora o texto segue para votação no Senado. Dos 18 deputados federais que compõem a bancada maranhense em Brasília, 12 votaram a favor das reformas. Conheça quais deputados são os traidores dos trabalhadores maranhense:

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Com a aprovação da reforma trabalhista está previsto a precarização ainda mais do mercado de trabalho e enfraquecimento da Justiça Trabalhista. Foram mais de cem pontos da legislação alterados, agora acordos coletivos prevalecem sobre a legislação, a contribuição sindical não é mais obrigatória, uma visível tentativa de enfraquecimento dos sindicatos brasileiros. O projeto cria duas novas modalidades de emprego, o intermitente, onde o trabalhador é pago pelo serviço efetuado e o home office, para quem atua remotamente. O projeto ainda dificulta que os trabalhadores possam ingressar na justiça com ações judicias, as gestantes poderão trabalhar em ambientes considerados insalubres, entre outros pontos prejudiciais.

Reforma da Previdência

A Comissão Especial da Reforma da Previdência adiou para a semana que vem o final da discussão do relatório. Com a Reforma, o governo pretende aumentar a idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para as mulheres para a aposentadoria, com 25 anos de contribuição.

“Hoje demos um grande passo para derrotar o governo tirano de Michel Temer, precisamos nos manter unidos e vigilantes, denunciando e protestando contra as propostas imorais desse golpista. Agora, precisamos ficar atentos as novas votações da semana que vem e partir para à luta novamente” pontuou a presidente do Sindeducação.

Mesmo com a forte temperatura na ilha, os trabalhadores se mantiveram firmes; o ato foi encerrado por volta das 16h. “Temos a certeza de dever cumprido, hoje o gigante acordou!” bradou a professora Jakeline Freitas, secretária de Mobilização Sindical.

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