Sindeducação se reúne com professores, pais e Conselho Tutelar para tratar da problemática na UEB Dom Delgado


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A direção do Sindeducação – gestão “Resistir, Lutar e Avançar nas Conquistas” se reuniu, na manhã desta quinta-feira (16), com professores e pais de alunos da UEB Dom José de Medeiros Delgado. Presentes, a vice-presidente do sindicato, professora Josidete Barbosa e o secretário geral, professor Giorgio Lira, além de representantes da comunidade e do Conselho Tutelar de São Luís. A Secretaria Municipal de Educação foi convidada para a reunião, mas não compareceu.

O clima da reunião foi de revolta. Os pais dos alunos pedem a suspensão das aulas, pois a unidade de ensino apresenta graves problemas, tanto estruturais como de insegurança.  A escola, que retornaria as atividades no dia 13 de fevereiro, foi alvo de vandalismo no último domingo, 12. O segundo nível do prédio escolar foi depredado; cadeiras foram quebradas; janelas arrancadas, vidros estilhaçados e vários setores foram pichados. Além da ação dos vândalos, a unidade de ensino tem a sua estrutura comprometida: telhado, forro e problemas elétricos, ao ponto de as salas de aulas ficarem alagadas no período chuvoso.

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“A minha filha não frequenta a escola durante o inverno, pois chove dentro da sala de aula; se algo acontecer com ela, o governo não vai se responsabilizar; é preciso que o prefeito de São Luís assuma sua função com responsabilidade, são vidas que estão em questão”, desabafa a dona de casa, Jandira. 

Outra mãe de aluno, que prefere não se identificar, fala que a escola é alvo recorrente de ataques de vândalos. “Essa não é a primeira vez, outros casos já foram registrados. Nós (pais) queremos a garantia de segurança para os nossos filhos permanecerem estudando e, portanto, não aceitaremos o início das aulas sem que haja a restruturação do prédio afetado, pois está tudo aberto e vulnerável a entrada de delinquentes”, esbravejou a mulher.

O estado de abandono da UEB Dom Delgado prejudica o desenvolvimento proveitoso do trabalho pedagógico, tendo em vista que os docentes e até a direção vivem coagidos pelo medo. “ O professor não sabe se dá aula ou se preocupa com a invasão de criminosos”, expôs a professora Luzinete. A classe de educadores também reclama da falta de estrutura do prédio, principalmente na temporada mais chuvosa.

Durante pronunciamento, o presidente da Comissão De Educação dos Conselhos Tutelares de São Luís, Ribamar Barros, defendeu a garantia dos direitos da criança e do adolescente. “ O momento é de unir forças e tomar uma atitude efetiva contra essa situação; o prefeito de São Luís está ciente dos problemas da escola, mas até agora nenhuma medida foi apresentada, e o Conselho Tutelar chama toda a comunidade e professores para nos mobilizarmos e lutarmos por melhorias concretas nesta unidade de ensino”, pontuou o conselheiro.

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A professora Josidete Barbosa também destacou a importância do envolvimento da comunidade nesta luta. “ Os pais precisam se envolver mais com a educação dos seus filhos, cobrar a Prefeitura de São Luís para que cumpra seu dever e ofereça às crianças do município uma educação pública de qualidade.

“O Sindeducação declara apoio aos professores da UEB Dom Delgado que decidiram – em conjunto com os pais e a comunidade – não iniciarem o ano letivo diante das condições precárias de trabalho e da insegurança”, reforçou o professor Giorgio.

Na ocasião, a vice-presidente, solicitou aos professores a produção de um documento –  relatando o quadro problemático da  escola – que deverá ser assinado pelo corpo docente e encaminhado ao sindicato para as devidas providências.

Dentre as deliberações, ficou definido que no dia 23 de fevereiro, a partir das 8h, será realizada uma manifestação na porta da unidade de ensino, contando com a presença de alunos, pais, professores, representantes da comunidade e Conselho Tutelar, e também do Sindeducação.

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Diante da omissão e descaso do atual governo municipal, a comunidade escolar da UEB Dom José de Medeiros Delgado, com apoio dos líderes comunitários da área e do Conselho Tutelar, retornará as atividades após o imediato atendimento das reivindicações.

1 comentário

  • Maria disse:

    O que acontece nessa escola é uma realidade presente em quase todas escolas quanto a segurança essa inexistência haja vista aos porteiros não terem nenhum tipo de arma, a maioria são mulheres despreparadas a Semed terceirizou o serviço a empresa contratada não exigiu nenhuma qualificação de seus contratados foi tudo na base do improviso, independente de ter ou não vigia dar no mesmo as escolas são vulneráveis qualquer um um quiser entrar numa escola municipal não encontra nenhuma dificuldade acho que o ideal seria a guarda municipal fazer esse trabalho pois são treinados, ou então a Semed fazer um concurso treinar o pessoal e formar uma espécie guarda escolar seria melhor que insistir em terceirizar e as empresas mandarem qualquer despreparo do para atuarem como porteiros.

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