A política de desvalorização do Prefeito Edivaldo Holanda Júnior

Vivemos um cenário apocalíptico de desmonte do Estado e ataque feroz aos direitos e garantias fundamentais que deveriam ser constitucionalmente asseguradas. Presenciamos o ataque aos direitos dos trabalhadores que com a aprovação da Reforma Trabalhista, a Terceirização, o congelamento dos investimentos em Educação e Saúde e tentativa da Reforma da Previdência, ampliam a realidade concreta de desrespeito aos trabalhadores.

Na Educação a realidade é mais dura. Os direitos das crianças, adolescentes, professores e trabalhadores da educação estão sendo desrespeitados, desvalorizados ocasionando um verdadeiro caos. A gestão do prefeito Edvaldo Holanda Júnior (PDT) desenvolve uma política de austeridade, de precarização e de arrocho salarial. Consequência: desmonte da educação pública municipal, com infraestruturas das escolas em péssimas condições, falta de materiais e recursos pedagógicos, salas de aulas superlotadas, professores desmotivados, etc.

Há dois anos, o governo municipal não reajusta o salário dos profissionais da educação e a defasagem nos salários dos professores é grande. Hoje um professor da rede pública municipal de São Luís, com nível superior, com carga horária de 20 horas semanais, em início de carreira, recebe vencimentos mensais de R$ 2.326,42 (dois mil, trezentos e vinte e seis reais e quarenta e dois centavos), longe da equiparação salarial com outras categorias de nível superior que é uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE) e que tem prazo de vigência até 2020. Atualmente um professor graduado recebe, em média, 51,7% do salário de outro profissional também graduado, e essa realidade é inaceitável e desqualifica os discursos da “prioridade da educação” e da “valorização dos docentes” pregado por parte dos políticos brasileiros.

Professor da rede pública municipal de São Luís há 33 anos, Mário Cerveira, sente no bolso o arrocho salarial proposto pelo Prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT). Depois de uma vida inteira dedicado ao magistério, ele não conseguiu a independência financeira, mesmo depois de tantos anos trabalhando na rede pública municipal.

“Somente a educação pode tirar o Brasil desse caos, mas para que isso aconteça é necessário ter investimento, valorizar os trabalhadores em educação, criando programas e ações que estabeleçam maiores oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional aos professores e demais trabalhadores da educação”.

Na história do município de São Luís, somente com muita luta os trabalhadores do magistério conseguiram avançar nas questões salariais. Nos últimos anos, essas batalhas se intensificaram com a chegada do Prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) na administração municipal. Há cinco anos, os professores vêm enfrentando uma política feroz de desvalorização e sucateamento da educação pública municipal.

Depois de todos os embates, nos últimos dois anos, o arrocho salarial tomou proporções abissais, onde o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) surrupiou os reajustes salariais do ano de 2017 e 2018 dos professores de São Luís, pegando carona na famigerada crise brasileira. Já são 14,97% de percentual não reajustado nesses dois anos, mais 16,7% de perdas salariais referente aos anos de 2013 a 2016.

Para a evolução da educação é necessário investimentos, tanto na valorização do professor quanto nas condições de trabalho desse profissional.  Segundo a professora Elisabeth Castelo Branco, presidente do Sindeducação, esse retrocesso na política de valorização dos professores só prejudica na qualidade da educação dos filhos dos trabalhadores.

“Só teremos Educação de qualidade com professores qualificados e bem remunerados, hoje não temos uma política de valorização da Prefeitura de São Luís, pelo contrário, o Prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) tem massacrado os professores proporcionando locais de trabalhos insalubres, falta de espaços para o desenvolvimento das atividades escolares, falta de material didático pedagógico, insegurança nas escolas, baixos salários, um quadro gravíssimo que além da insatisfação dos profissionais do magistério afasta a investida de novos profissionais na área da educação, e isso é lamentável”, disse a presidente do Sindeducação.

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