O Sindeducação deu continuidade aos trabalhos de fiscalização das reformas nas escolas públicas do município de São Luís, na manhã desta terça-feira, 26 de julho. A presidente do sindicato, Elisabeth Castelo Branco e o diretor, Benedito Oliveira, realizaram as visitas nas unidades escolares lotadas na área da Divinéia/Vila Luizão.
Após a finalização do movimento paredista, o Sindeducação exigiu, na retomada da mesa de negociação, a efetividade e celeridade no processo de reformas corretivas e preventivas das escolas do município, que integram a lista de prioridade – em detrimento das péssimas condições estruturais. E assim, vem, energeticamente, fiscalizando os trabalhos reparatórios e, também, as obras de construção de creches e novas escolas, prometidas pelo prefeito de São Luís.
Os representantes sindicais estiveram na UEB Governador Leonel Brizola e nos anexos I -Brizolinha e II – Escola Luiz Gonzaga; e ainda, na UEB Maria Alice Coutinho.
Durante as visitas nas UEBs Governador Leonel Brizola e o Anexo II – Escola Luís Gonzaga, a nostalgia tomou conta dos representantes sindicais em face ao cenário subumano que vai além da aceitação. Vale ressaltar que as duas unidades, ainda, não receberam a equipe técnica para iniciar as reformas.
Na unidade de ensino Governador Leonel Brizola a situação é repudiante: as janelas de todas as salas são improvisadas com tábuas, deixando o local vulnerável à ocorrência das chuvas; telhados totalmente danificados e com grandes buracos; problemas sérios de infiltração; os banheiros não têm infraestrutura adequada; a mangueira do bebedouro está insalubre; as instalações elétricas estão expostas, além, das marcas de pichações, que tornam o ambiente ainda mais impróprio.
A professora Elisabeth explica que, “não há possibilidade de uma construção positiva no processo pedagógico em um ambiente como esse. A escola não dispõe de atividades atrativas e espaço adequado, causando desmotivação nas nossas crianças e adolescentes”, concluiu.
A referida escola é situada na Vila Luizão – uma região de grande vulnerabilidade social. Em análise a esse aspecto, o professor Benedito critica a insuficiência de vigilantes no local, tendo em vista o tamanho da área que mantém, apenas, dois porteiros no turno manhã e um vigia pela noite. “O planejamento de segurança nessa localidade é extremamente falho, tendo em vista, que a escola é grande e, constantemente, jovens da comunidade pulam o muro para usar drogas”, alertou.
A última reforma na UEB Governador Leonel Brizola aconteceu em 2014. Na época, havia um grande buraco no fundo da escola, e até hoje, permanece com o mesmo problema, que pode gerar um trágico acidente.
A equipe de comunicação do sindicato foi censurada e impedida de tirar fotos, que denunciam a vergonhosa situação da escola. A diretora da instituição não se encontrava no local.
Na escola Luiz Gonzaga, que funciona no prédio da Associação de Moradores da Vila Luizão, é caso de interdição. De acordo com uma funcionária, há uma infestação de ratos no prédio. “Na cozinha encontramos fezes de ratos por todos os lados, o que é inadmissível, pois é onde preparamos os lanches das crianças”, expôs.
“As irregularidades no prédio escolar são amplas e preocupantes”, relata a professora Elisabeth, ao observar os banheiros que não possuem uma infraestrutura adequada para atender as crianças, e ficam localizados em frente ao lixeiro.
A associação, que foi cedida à Prefeitura de São Luís, abriga alunos do município e, também, funciona como escola comunitária para crianças da educação infantil.
Já o anexo I – Brizolinha, a situação estrutural está dentro dos padrões viáveis, porém, a escola sofre com a falta de água. A UEB Maria Alice Coutinho também apresenta estrutura razoável para atender crianças de 6 a 14 anos. O prédio precisa de pequenas manutenções e pintura. Entretanto, é necessário que o governo municipal assuma o compromisso de realizar ações preventivas para o bom funcionamento do local.
A degradação do ensino público de São Luís é marcante na gestão de Edivaldo Holanda Júnior. O descompasso gerencial do prefeito – intitulado “o amigo da criança” – conduz a educação do município ao maior declínio da história de São Luís. Diante dessa problemática, as insistentes e contínuas cobranças do Sindeducação tem alcançado resultados exitosos.
A gestão Renovar e Avançar na Luta, com o comando da presidente, professora Elisabeth Castelo Branco, vem, ao longo desses quatro anos, protagonizando uma luta intensa em prol de alcances expressivos, que impliquem em melhorias na infraestrutura dos espaços escolares, para que alunos e professores possam, pelo menos, conviverem em um ambiente digno.“O Sindeducação está na luta, diuturnamente, para consolidar a valorização dos profissionais do magistério; conquistar melhorias no ambiente de trabalho e incentivar o desenvolvimento profissional. Esses são compromissos que a gestão Renovar Avançar na Luta assumiu, e tem cumprido, com essa categoria aguerrida”, destacou a presidente.