SEMED finda 2015 omissa diante dos problemas no ambiente escolar

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A sensação de omissão, descaso e abandono da educação municipal em São Luís é mais presente a cada instante que se aproxima do final de 2015. Os gestores responsáveis pela educação pública pouco ou nada fizeram para mudar o cenário de guerra civil vivido nas escolas.

Na manhã desta terça-feira (22), a diretoria do Sindeducação – gestão Renovar e Avançar na Luta – foi até a Secretaria Municipal de Educação (SEMED) para tratar dos intermináveis problemas do corpo educacional. Estavam presentes na reunião a professora Elisabeth Castelo Branco, presidente do Sindeducação, acompanhada das professoras e dirigentes sindicais, Orfisa Surama, Márcia Dutra, Izabel Cristina Dias; pelo município participaram além do secretário de Educação Geraldo Castro Sobrinho, a secretaria adjunta Leônia Venâncio Queiroga, a superintendente da Educação Fundamental, Ana Célia Cortezia Peixoto Lopes, e a superintendente do ensino Infantil, Maria Joseilda Freitas Descovi.

O secretário Geraldo Castro, demonstrou pouco interesse e preocupação com o cenário de terror que se desenha para as escolas em 2016. Na pauta foram discutidos vários pontos importantes em relação aos problemas da comunidade educacional, mas nenhum deles foi tratado com seriedade por parte da SEMED. Dentre os assuntos, o calendário escolar de 2016; manutenções corretivas e preventivas das escolas; construção e reformas de unidades; segurança no espaço escolar; o inicio do concurso público que continua sendo um engodo; um terço de hora atividade;

Nada disso despertou a preocupação do secretário.

Entretanto, a exemplo do que aconteceu durante todo o ano de 2015, Geraldo Castro fez mais uma promessa: entregar as escolas de Maracujá, Chácara Brasil, Apaco e Ribeira em 2016. Para quem muito prometeu e nada fez neste ano fica difícil acreditar, mas como é ano eleitoral tudo pode acontecer!

Na conjuntura, a prof.ª Elisabeth Castelo Branco, questionou sobre os mais diversos problemas existentes no corpo escolar, que desde 2013, vem sendo discutido com a Secretaria de Educação sem o devido retorno. “Precisamos dar uma resposta contundente para a categoria de professores e para as nossas crianças que estão sendo violadas por uma gestão incúria. Há muito tempo esperamos por uma solução efetiva por parte do governo, mas nunca houve o retorno condizente com que esperávamos”, frisou a professora.

A prof.ª Elisabeth Castelo Branco, criticou também a falta de gestão da SEMED. “Sem um planejamento organizacional do governo ficará inviável resolver esses problemas da educação. A SEMED precisa se organizar para que em 2016 a situação não caminhe para proporções piores. A entidade sindical vai continuar cobrando até que poder público tome uma postura concreta sobre essa problemática.

Promessas

A reunião complicou ainda mais a situação da Secretaria Municipal de Educação. Geraldo Castro não apresentou soluções para as dezenas de problemas existentes. Geraldo se limitou a palavras e fez novamente um discurso teórico de mudança.

A equipe da SEMED apresentou um calendário escolar “organizado”, mas a questão é, enquanto os problemas de infraestrutura das escolas da rede municipal de São Luís não forem resolvidos, o calendário “organizado”, diga-se de passagem, nunca irá funcionar como deveria. O maior problema no encerramento do ano letivo é justamente as condições que se encontram as unidades de ensino, ou seja, a execução desse calendário será totalmente teórico, fazendo jus às palavras do secretário.

O espaço escolar vivencia uma situação insustentável com problemas de infraestrutura e insegurança que afetam todo o corpo institucional. Durante reunião na Procuradoria Geral de justiça, o secretário Geraldo Castro afirmou que até o dia 19 de novembro deste ano, o serviço de vigilância estaria normalizado, mas até agora – dia 23 de dezembro – a realidade é a de abandono e medo. Apenas algumas escolas contam com esse serviço.

Para justificar a falta de vigilância nas escolas, a SEMED alega que existe um processo de Licitação em curso para a resolução do problema. Para o Sindeducação a desculpa não se sustenta, pois já passaram mais de 110 dias, prazo suficiente para licitar, contratar e iniciar a prestação do serviço.

Na infraestrutura os problemas vão da rede elétrica, hidráulica e sanitária; salas quentes pela falta de ventiladores; banheiros completamente insalubres; insuficiência de profissionais na área; um concurso público que tem virado um engodo a cada reunião; enfim, uma série de problemas existentes, têm deixado o corpo escolar desmotivado e preocupado com a gravidade da situação.

A Prefeitura de São Luís na pessoa do prefeito Edivaldo Holanda Junior deixa claro que a prioridade do poder municipal nunca foi educação pública, pelo contrário, sem muitos elementos favoráveis de gestão que se iniciou desde 2013, o atual governo tem se firmado em discursos políticos, que na verdade, servem como promessas de campanhas.

A diretoria do Sindeducação tem cobrado dos gestores públicos aquilo que é direito dos docentes e discentes. Mas nem a cobrança está surtindo o efeito necessário que o corpo educacional precisa. “Caso a Prefeitura de São Luís não resolva essas problemáticas existentes teremos que tomar outras medidas – sem destacar a possibilidade de uma greve geral em 2016 – para tentar resolver esses problemas” afirmou a presidente.

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