Professores da rede pública municipal de São Luís e pais de alunos, liderados pelo Sindeducação, estiveram na tarde desta segunda-feira, 11, mobilizados na Praça João Lisboa, de onde seguiram em caminhada pela Rua Grande, panfletando e denunciando os problemas da educação.
A manifestação dos professores contou com o apoio de pais de alunos da UEB Henrique de La Roque e UEB Vila Embratel, ambas da área Itaqui/Bacanga e que vivem os problemas da má administração pública.
“Os pais precisam se envolver com a vida escolar dos filhos, assim como cobrar do poder público mais responsabilidade e compromisso com a educação. Eu, enquanto mãe, sei que essa luta é de todos nós”, enfatizou a mãe, Josy Oliveira.
Em caminhada pela principal via de comércio da capital, Rua Grande, os professores abordaram e conversaram com pais de alunos e a população em geral sobre as condições precárias da educação pública ofertada aos filhos e filhas da classe trabalhadora. Expondo o quadro caótico em que se encontra a educação ludovicense, com escolas sem condições mínimas de infraestrutura, falta de biblioteca, falta de água, falta de materiais didático e pedagógico.
Além da luta pela melhoria da educação pública, a categoria fez ecoar a indignação da classe que, pelo segundo ano consecutivo, não receberá reajuste salarial. Com salários defasados, os educadores reivindicam ao governo municipal a garantia da recomposição salarial, conforme estabelece a Lei do Piso 11.738/2008. Vale destacar que a legislação é uma referência baseada no mínimo para a remuneração dos profissionais de nível médio.
“Hoje estamos novamente na rua, mobilizados, para chamar a atenção da sociedade para os problemas que assolam a educação pública municipal de São Luís, assim como protestar contra a política de austeridade empreendida pelo Prefeito, Edivaldo Holanda Júnior (PDT) e o Secretário de Educação, Raimundo Moacir Mendes Feitosa (PTC). A gestão municipal vem desenvolvendo uma política perseguidora, massacrante, que impõem as suas regras e não dialoga com a categoria”, enfatizou a professora Elisabeth Castelo Branco, presidente do Sindeducação.
Reposição
Durante o ato público, a presidente do Sindeducação, professora Elisabeth Castelo Branco, aproveitou para explicar para os professores presentes sobre o procedimento que deve ser adotado em relação ao pagamento dos dias de mobilização da categoria.
“A partir de agora, o Sindeducação vai tomar a frente de toda a negociação de pagamento de dia de manifestação e essa negociação vai ser feita diretamente com a Semed, não vamos permitir que gestor escolar, através de mensagens de whatsApp, retire o direito garantido constitucionalmente do professor de manifestar a sua indignação e repúdio a essa política nefasta da Prefeitura de São Luís, disse a presidente do Sindeducação.
“Vivemos em uma época onde os direitos da classe trabalhadora é atacado de todas as formas, seja na esfera federal, estadual ou municipal e nesse momento de intensa batalha, somente com a mobilização, luta e unidade é que conseguiremos transformar essa triste realidade”, disse a professora Josidete Barbosa, vice-presidente do Sindeducação.
Ascom/Gean Brito