O Sindeducação realizou na manhã de terça-feira, 12, mais um dia de protesto à política de desvalorização e desrespeito empreendida pela gestão Municipal, dando uma aula de cidadania na praça Nauro Machado.
Para colaborar com o momento, a professora Me. Sheila Bordalo trouxe para roda de diálogo a palestra sobre o financiamento da Educação Pública. A pasta educacional conta também com o recurso do FUNDEB para o pagamento dos profissionais do magistério e para aplicação deste na manutenção da escola pública. Há também recursos oriundos do FNDE, que se destinam a área de transporte, alimentação escolar, construção de creches e outros.
“Discutir financiamento da educação é pensar as reais condições que se tem de investimento na educação pública. Conhecer, debater e ter consciência que existem recursos específicos para a educação é de extrema relevância para o professor cobrar e lutar por seus direitos”, disse a palestrante, professora Sheila Bordalo.
Após o debate, os professores ressaltaram o panorama de precarização da Educação pública.
“Constantemente estamos em busca de melhorias para o nosso ambiente de trabalho, principalmente em relação às condições precárias que as escolas se encontram. Não aguentamos mais trabalhar em ambientes insalubres e não aprazíveis tanto para alunos quanto para professores, há carência de tudo no espaço escolar, nós não temos nada”, disse a professora Joana Serra da UEB Euzuíla Abreu.
Durante a aula de cidadania, foi desmitificada a ideia de que professor ganha um dos melhores salários. Hoje, o professor mantém o menor salário em relação à outras categorias, como por exemplo, da área da engenharia.
“Já está comprovado que recursos existem para gerir a educação, mas a cidade de São Luís, assim como outros municípios do Maranhão, está na contramão desse processo. O que o Prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) está fazendo com as crianças dessa capital é um crime e não vamos ser omissos com essa situação. Creches que nunca foram entregues a população, escolas caindo aos pedaços, professores desvalorizados. O Governo está aniquilando aquilo que já nos foi garantido como direito e não vamos nos calar e nem deixar de lutar por aquilo que acreditamos. Além de ferir a nossa profissão, estão destruindo os sonhos dessas crianças”, desabafou a professora Elisabeth Castelo Branco.
O movimento foi encerrado em ritmo junino com a apresentação do forró pé de serra.
“Os professores mais uma vez mostram força e unidade na luta por seus direitos. Continuaremos firmes, pois todas as conquistas que hoje temos foram alcançadas com luta, sacrifício e resistência. Não podemos ficar acuados diante da imposição do governo municipal, temos que nos indignar e nos valorizar enquanto profissionais que formam os filhos da sociedade. Não podemos aceitar a retirada dos nossos direitos por aqueles que deveriam trabalhar em prol do bem-estar do povo ludovicense. Nós somos dignos de respeito e valorização e é por isso que vamos dar o troco ao governo antipovo de Edivaldo Holanda Júnior (PDT). A luta não para! finalizou a presidente do Sindeducação.
Ascom/Gean Brito