Na quarta-feira, 19, véspera do Dia da Consciência Negra, a Assembleia Geral ocorrida na Sede do Sindeducação afinou os pontos que devem nortear a Campanha de Valorização do Magistério de São Luís 2026, ante os desafios de recomposição salarial, condições de trabalho e saúde laboral enfrentados pela categoria.
A Assembleia também trouxe informes sobre pontos conjunturais que os trabalhadores e trabalhadoras atravessam atualmente, e elegeu representantes para o 35º Congresso da CNTE, que acontece de 15 a 18 de janeiro, em Brasília, com o tema “Educação, Democracia, Sustentabilidade e Soberania”.
INFORMES
Entre os destaques, a Assembleia foi informada sobre a participação na Marcha Nacional das Mulheres Negras, que aconteceu na terça-feira 25 de novembro, em Brasília.
A reivindicação é por reparação, com políticas públicas para as mulheres negras, e defende também o Bem Viver, modo de vida alternativo ao capitalismo, com respeito ao meio ambiente e contrário à exploração do ser humano. Foram 23 professoras negras entre diretoras e base do Sindeducação e também funcionárias do sindicato fortalecendo a Marcha em Brasília, que reuniu mais de 300 mil participantes.
Foram dados informes ainda sobre nossa presença em Belém entre os dias 12 e 17 de novembro, durante a Cop30, onde participamos também da Cúpula dos Povos, alternativa ao evento oficial no qual grandes corporações poluidoras se fizeram representar. A Cúpula levou milhares de pessoas em marcha sobre a capital paraense, defendendo territórios, populações e o Bem Viver.
CAMPANHA
Sobre os pontos elencados acima (revisão salarial, condições de trabalho, saúde etc), a avaliação geral feita é que a luta deve ser pelo fortalecimento da carreira, para que não se fique na dependência de revisão apenas via Lei do Piso, que não garante valorização, e que para o ano está previsto índice muito rebaixado.
Assim, devem ser buscadas nesta luta a atualização do PCCV, com reajuste em gratificações como Adicional de Titulação, Difícil Acesso, além do estabelecimento de políticas que vislumbrem condições dignas na carreira docente, como formação continuada, por exemplo. Essas discussões devem ser tratadas também no âmbito do GT de Carreira do Sindeducação para que seja formulada uma proposta que acolha as reivindicações e seja negociada junto à Prefeitura. Os presentes à Assembleia também devem contribuir com essa construção, aprofundando o diálogo nas escolas.
CONGRESSO DA CNTE
A Assembleia prosseguiu com ampla participação até seu último ponto, que elegeu a representação para o Congresso da CNTE. Como metodologia para essa escolha, utilizou-se, após votação, pela primeira vez o critério da composição de chapa proporcional. Passando-se à eleição, o resultado foi o seguinte:
Chapa 1, encampada pelas professoras Sheila e Ana Paula: elegeu 6 delegados, ficando ainda com as duas vagas de suplentes; Chapa 3 (professor Oberdan: elegeu 2 delegados; e a Chapa 2 (professoras Ester e Rosi) elegeu 1 delegado. Os nomes serão apresentados pelos (as) representantes de Chapa dentre seus pares presentes à Assembleia Geral.
O 35º Congresso da CNTE terá a missão de eleger a nova direção da Confederação e deliberar sobre o plano de lutas para o próximo período.
