Assembleia Geral| Categoria decide aderir à Paralisação Nacional pela Educação Pública no dia 23 de abril de 2025

Mobilização é convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) em todo o país

Em São Luís, professores (as) irão reivindicar por melhores condições de trabalho e valorização profissional

Na última quarta-feira, 9 de abril de 2025, o Sindeducação promoveu Assembleia Geral Virtual para deliberar com os (as) professores (as) filiados (as) sobre a adesão à Paralisação Nacional pela Educação Pública, movimento organizado e convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) em todo o país. Nesta data, as entidades filiadas levarão às ruas professores (as), estudantes e apoiadores (as) para chamar atenção da sociedade para temas como Privatização, Militarização e Desvalorização Profissional e suas pautas regionais. 

Como abordado na Assembleia Geral pela diretoria do Sindeducação, em São Luís a categoria dos profissionais do magistério da rede pública municipal de ensino tem pautas suficientes para protagonizar um dia de paralisação. No encontro virtual, os (as) participantes expuseram as dificuldades vivenciadas, sobretudo neste ano de 2025, que tem dificultado a rotina escolar e adoecido a categoria.

Um dos principais fatores é a falta de condições adequadas de trabalho. Muitos (as) professores (as) estão enfrentando salas superlotadas, infraestrutura precária, falta de apoio de profissionais para a Educação Especial, como a carência de cuidadores, tutores e auxiliares – elementos que comprometem não apenas a qualidade do ensino, mas também a saúde física e mental dos educadores. De acordo com a diretoria do Sindeducação, essas situações têm gerado um aumento significativo nos casos de adoecimento entre os profissionais da educação, que se sentem sobrecarregados e desamparados.

Outro ponto destacado foi sobre a falta de diálogo com a Prefeitura de São Luís para a Abertura da Mesa de Negociação, espaço para que o sindicato discuta e delibere, além dos assuntos já citados, a política de valorização profissional da categoria, como a atualização do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) e o pagamento dos Direitos Estatutários, como a Gratificação do Difícil Acesso. 

“A pauta do concurso público, por exemplo, é uma luta histórica, o certame está em face de homologação, e não podemos defender que a entrada na rede não seja por concurso público, os contratos temporários, como o próprio nome já diz, são temporários e trazem vários elementos de precarização e exploração do nosso trabalho”, observou a presidente do Sindeducação, Sheila Bordalo.

A diretoria do Sindeducação ainda observou que, apesar de semanalmente buscar retorno, oficializando protocolos com solicitação de reuniões para a Secretaria Municipal de Educação (Semed) e Prefeitura de São Luís, que a entidade segue com outras ações dentro da sua Campanha de Valorização do Magistério. Já nesta semana, com o objetivo de chamar atenção da sociedade e de autoridades para as reivindicações da categoria por melhores condições de trabalho, respeito e valorização da profissão, a entidade espalhou por vários pontos da cidade 20 placas de outdoors com as seguintes informações:

“SEM CUIDADORES E TUTORES NÃO HÁ EDUCAÇÃO INCLUSIVA” 

“NÃO HÁ ESCOLA DE QUALIDADE COM PROFESSORES (AS) ADOECIDOS (AS)”

“NÃO HÁ ESCOLA INCLUSIVA COM PROFESSORES (AS) EXAUSTOS “

“VALORIZAR OS (AS) PROFESSORES (AS) É ATUALIZAR O PLANO DE CARGOS, CARREIRA E VENCIMENTOS” 

Por fim, a diretoria do Sindeducação destacou que é importante que neste momento toda a categoria se engaje pela causa e que possa convidar em seus locais de trabalho outros profissionais para participarem da Paralisação Nacional pela Educação Pública no dia 23 de abril de 2025. Em São Luís, o evento acontecerá a partir das 8h na Praça Deodoro (Centro) e todos (as) podem acompanhar os canais oficiais do Sindeducação que vai trazer nos próximos dias mais detalhes da programação. 

 

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