Escola municipal do bairro Coroadinho não recebe reforma há anos

72d71c3e1a75301c5a2942cd172af179_XL

As escolas da rede pública municipal de São Luís se encontram num estado de vulnerabilidade educacional. A UEB Maria Amélia Profeta é só um retrato da realidade de uma gestão descompromissada e inerte perante aos terríveis problemas no ambiente escolar.

Fica a seguinte pergunta para essa situação desastrosa: Incompetência ou descaso da Prefeitura de São Luís?

Cerca de 160 alunos, de 4 a 5 anos (Infantil I e II) estudam na UEB Maria Amélia Profeta, localizado no bairro do Coroadinho. As fotos do ambiente mostram a realidade de um governo municipal que não investe no sistema educacional.

sem ventiladores

menina próxima do ventilador

A Unidade Educacional apresenta vários problemas gravíssimos; como a falta de acessibilidade para alunos especiais; condições precárias na rede elétrica, hidráulica e sanitária; banheiros com condições insalubres e impróprias para o uso das crianças; além do número insuficiente de armários, existem vários enferrujados; o chão da unidade não é apropriado para atividades pedagógicas.

sem acessibilidade

banheiro

ventilador fiação exposta

pia imprópria para uso de crianças

Para a professora Izabel Cristina Dias, membro da Diretoria do Sindeducação, a escola não recebe manutenções corretivas há anos e, além disso, sofre com a insuficiência de recursos pedagógicos. “O espaço está deteriorado e a única manutenção na instituição foi por intermédio do corpo escolar que se mobilizou e ajudou nas manutenções corretivas, mas, mesmo assim, a unidade continua com a estrutura comprometida em vários aspectos. O Sindeducação vai cobrar ações efetivas do poder público para que essa situação seja solucionada em caráter de urgência”, pontuou.

Revolta

“Já fui aluna da Escola quando tinha quatro anos e hoje sou mãe de aluna da mesma unidade. Fico revoltada, pois a instituição continua precária em termos de infraestrutura. Não tenho condições para colocar minha filha em uma escola particular. Essa situação se agravou e só peço ajuda do poder municipal para resolver esse problema. A unidade sempre com problemas na rede elétrica, hidráulica e sanitária e, além disso, as salas são extremamente calorentas prejudicando o ensino de nossos filhos. Quero uma escola melhor para nossos filhos”, protestou Antônia Rayane, mãe de aluna.

sem ventiladores

Segundo uma professora da unidade, que não quis se identificar, disse que a escola apresenta condições contrárias de uma infraestrutura adequada para o desenvolvimento da educação Infantil. Ainda segundo ela, até os alunos reclamam pela falta de material didático e sentem falta de atividades atrativas em sala de aula.

“Quero deixar minha manifestação de revolta pela atitude da gestão municipal. Não há compromisso com a educação. A Prefeitura de São Luís e a Secretaria de Educação municipal esqueceram totalmente dessas crianças. Solicitamos uma visita do Geraldo Castro e nunca aconteceu. Nós professores sofremos juntos com os alunos. Não agüentamos mais esses problemas cotidianos no ambiente escolar”, reclamou.

As problemáticas das escolas da rede de ensino municipal de São Luís começa atingir até a comunidade mais próxima da Instituição escolar. “Não tem Infraestrutura e as condições são precárias. “Meu filho estudou nesta escola e sempre observei o esforço dos professores, porém as condições físicas sempre foram às mesmas. “Eu tenho sentido na pele o que essas crianças sentem ao entrar num local calorento e sem adaptações necessárias de um ambiente escolar”, lembrou a Dona Ancília Costa, mãe de ex-aluno da escola e moradora do bairro Coroadinho.

menina próxima do ventilador 2

UEB Paulo Freire

A diretoria do Sindeducação, em visita na UEB Paulo Freire, localizada no bairro da Liberdade, também constatou uma série de problemas rotineiros. Na chegada à Escola, a direção do Sindicato flagrou alguns funcionários carregando água, pois segundo eles, a falta de água é constante.

água insalubre

“Meu braço está doendo muito não agüento mais carregar água todos os dias. Como não há água no bebedouro, os alunos trazem garrafinhas de água de casa, já os que não levam, bebem água chupando o bebedouro até sair, podendo causar uma doença mais séria; o secretário de Educação deve resolver essa questão”, criticou uma funcionária da Escola.

falta de água

Além disso, o teatro da unidade também apresenta uma situação nada agradável. Além da desativação do espaço, as condições são inadequadas para realização de atividades. Rede elétrica e hidráulica comprometidas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.