5 de junho – Dia Mundial do Meio Ambiente: Barrar o PL da devastação e salvar a Ilha do Maranhão

Neste 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, vimos lembrar a urgência desta pauta, que diz respeito, na prática, no dizer de Ailton Krenak, à luta para adiarmos o fim do mundo, acelerado por um modo de vida que explora a humanidade e o meio ambiente.

 

Nesse sentido, temos duas tarefas imediatas:

– Barrar o PL da Devastação

– Fortalecer a luta pelo reconhecimento legal e criação da Reserva Extrativista de Tauá-Mirim, na zona rural II de São Luís do Maranhão.

 

O PL 2159/2021 foi aprovado no final de maio no Senado e de lá remetido novamente à Câmara, dispondo sobre a desobrigação de licenciamento ambiental para instalação de empreendimentos de grandes impactos ambientais, podendo inclusive abrir a porta para exploração petrolífera na foz do Rio Amazonas sem grandes estudos de impacto por órgãos de controle ambiental. Na prática, os maiores poluidores serão os próprios responsáveis por “autorizar” seus empreendimentos, não dependendo mais de licenças prévia, de instalação e operação dos empreendimentos. A postura do Ministério do Meio Ambiente, contrário a essa proposta, inclusive, foi uma das causas dos ataques misóginos contra a ministra Marina Silva no Senado Federal.

 

Nesse sentido, cabe a nossas organizações e também a nós enquanto cidadãos e cidadãs a pressionar os deputados a barrar a proposta aprovada no Senado, sob pena de um retrocesso que, em tempos de crise climática, pode ter efeitos catastróficos e irreversíveis. Ainda mais num momento em que já há parlamentares maranhenses em outdoors e propagandas na TV dizendo que detonar as margens e a foz do Rio Amazonas poderá gerar riqueza – algo inadmissível e que deve ser denunciado.

 

Nessa mesma linha de atuação, declaramos apoio ao reconhecimento oficial imediato por parte do governo brasileiro à criação da Reserva Extrativista de Tauá-Mirim, em São Luís. A zona rural vem sendo devastada por grandes empreendimentos poluidores, como termelétricas, mineradoras, produtoras de alumínio, cimento, fertilizantes. A promessa de emprego fácil para as comunidades atacadas não se cumpre, e o que fica é poluição e impactos sociais.

 

É nesse território, formado por mais de uma dezena de comunidades – que contam inclusive com diversas escolas de nossa rede municipal de educação, cujos professores e professoras sabem bem do que estamos falando – que estão grandes áreas de nascentes e manguezais, que vêm sendo dizimados, junto com suas populações, por esses empreendimentos ligados à mineração e ao agronegócio.

Em maio, foi lançada a Campanha pela Criação da Resex de Tauá-Mirim, ideia encampada e apoiada pelo nosso sindicato e que pode ser abraçada por todos e todas nós. O primeiro passo é aderir ao abaixo-assinado pela criação da Resex, cujo link está ao final deste texto, em sua publicação no nosso site.

 

Neste 5 de junho, antes de comemorar, devemos seguir na luta pela defesa do meio ambiente, para assim, juntos e juntas, adiarmos o fim do mundo. Venha conosco!

 

São Luís, 05 de junho de 2025

Sindeducação

 

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