Diretoria do Sindeducação continua visita nas escolas da rede

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Na tarde desta segunda-feira, 29 de maio, a diretoria do Sindeducação continuou as visitas nas escolas da rede pública municipal de ensino. Dessa vez as escolas, UEB Luz Divina, localizada no Bairro Inhaúma e UEB Hortência Pinho, no Coqueiro, foram vistoriadas. Localizadas na zona rural, as escolas apresentam os mesmos problemas do restante das escolas da rede.

Na UEB Luz Divina, Anexo da UEB Hortência Pinho, a situação da escola é precária. Localizada às margens da BR 135, o acesso à escola é complicado. A rua não tem asfaltamento e quando chove, a lama e os buracos dificultam ainda mais a ida à escola. Em período de seca a poeira domina o lugar.

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Chegando na Escola, onde funciona também a Associação de Moradores do Bairro, a realidade da unidade de ensino é chocante. Os alunos da 3ª série estudam em um Galpão, um local sem nenhuma estrutura para abrigar uma sala de aula. O local é de cimento batido, sem iluminação e nenhuma ventilação. Os ventiladores estão com problemas e a telha de amianto, contribui para o local ficar mais quente.

No prédio anexo, as condições de infraestrutura da escola também são de causar espanto. O telhado está completamente comprometido, cheio de goteiras.  A escola não possui ventilação natural nem artificial. Os ventiladores estão todos com problemas, tornando o local insuportavelmente de tão quente quente. A iluminação é insuficiente, as salas são escuras o que compromete o aprendizado e ainda compromete a visão dos pequenos alunos.

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E os problemas não param por aí. Os azulejos do chão da escola foram quebrados e hoje existe apenas o cimento. Na cozinha, a pia está sem a tubulação do cano e quando é utilizada a água é depositada em um balde que fica embaixo da pia. Situação semelhante a instalação do banheiro que passa pelo mesmo problema. Falando em banheiro, a caixa de descarga é amarrada com saco plástico a fim de evitar vazamentos, mas, claro, que a gambiarra não funciona e a água fica jorrando dia e noite.

Outro problema diagnosticado pelos professores é que a escola não tem sala de professores e ainda apresenta degraus na porta da sala, o que inviabiliza a acessibilidade e aumenta o perigo de acidentes para os alunos.

“As condições das escolas da rede pública municipal de São Luís e de extrema calamidade. Nessa escola não existe a mínima condição de professores darem aula e alunos aprenderem. O prefeito Edivaldo Holanda Junior está brincando com a educação das nossas crianças de São Luís. Tanto descaso por parte da Prefeitura, que me deixa indignada. Mas o nosso papel vamos continuar fazendo até o fim, doa a quem doer e denunciar as mazelas da educação municipal de São Luís”, indagou a professora Elisabeth Castelo Branco, presidente do Sindeducação.

Quando termina?

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Na UEB Hortência Pinto, no bairro do Coqueiro, a direção do Sindeducação presenciou o processo de reforma da Unidade de Ensino. Iniciada em novembro do ano passado, portanto, há seis meses, a escola não tem uma data exata para ser entregue a comunidade escolar. Outro problema visualizado na UEB são as carteiras e mesas jogadas e entulhadas em todas as partes da área externa da escola, sofrendo com a ação da chuva e do sol. Muitas já estão enferrujadas e quebradas, outras acumulam água parada aumentando a possibilidade de proliferação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da Dengue, Chikungunya e Zica.

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“Essa situação toda me deixa muito triste, o que estamos presenciando aqui é uma completa falta de responsabilidade da Prefeitura de São Luís com a educação. Até onde vamos chegar? Disse revoltada Josidete Barbosa, vice-presidente do Sindeducação.

Mais problemas

Durante as visitas da tarde de hoje, a direção do Sindeducação recebeu mais uma denúncia por parte da comunidade escolar da UEB Jackson Lago, localizada no bairro da Cidade Operária. Por conta das fortes chuvas que caiu na cidade, parte do forro da escola começou a cair. Professores e alunos estão com medo de continuar as aulas na Escola.

Na semana passada, a comunidade escolar da UEB Jackson Lago realizou uma reunião na escola para discutir os problemas da UEB que já tinham sido denunciados pelo Sindeducação, mas que até hoje nada foi feito por parte da prefeitura.

“Amanhã pela manhã estaremos novamente na UEB Jackson Lago para ver a intensidade do problema. Novamente vamos recorrer ao Ministério Público e as demais autoridades para que não venha acontecer na UEB Jackson Lago o que aconteceu na UEB Darcy Ribeiro e Rosa Mochel. Não podemos aceitar mais, até quando vamos ter que conviver com a irresponsabilidade da Prefeitura de São Luís, será que vai ser preciso acontecer outra tragédia? Precisamos acabar com a propaganda enganosa da Prefeitura de São Luís e mostrar o que os nossos educadores e alunos passam todos os dias nas salas de aula”, desabafou a professora Elisabeth Castelo Branco.

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