Na tarde de quinta-feira, 17 de junho, a diretoria do Sindeducação recebeu o deputado estadual Duarte Jr. na sede da entidade. Em pauta na visita institucional, as diversas demandas da categoria dos profissionais da educação da rede pública municipal e também a atual situação dos profissionais que realizaram concurso público em 2016 para os cargos de Intérpretes de Libras, Revisor em Braile e Professores da Educação Infantil e esperam uma devolutiva da Prefeitura de São Luís para suas convocações.
Participaram da reunião, a presidente Sheila Bordalo, a vice-presidente Ester Durans, a 1ª secretária Geral, Rose Costa, a 1ª tesoureira, Cláudia Aquino, o 2º tesoureiro Joseilton Melônio o secretário de Assuntos Jurídicos, Cássio Souza; e representantes da Comissão dos Concursados, Rubens, Rosangela e Antônia, que realizaram o certame no ano de 2016.
A Comissão formada pelos concursados esteve na reunião com o deputado Duarte Jr. para solicitar apoio legislativo do parlamentar para a incorporação dos nomes dos concursados ainda não convocados pela Prefeitura de São Luís, em 18 de maio, para o Concurso Público realizado no ano de 2016. Os concursados alegam irregularidades na convocação, para eles, os cargos ainda pleiteados estão dentro de cadastro de reservas (Intérpretes de Libras) ou dentro do número de vagas ofertados no Edital de Abertura do concurso (Professores da Educação Infantil e Revisor em Braile) A comissão ainda apresentou documentos que trazem informações sobre a grande necessidade da presença desses profissionais nas escolas do município. Duarte Jr. ouviu as reivindicações dos aprovados e disse que dará todo o apoio possível para que a situação possa ser resolvida da melhor forma possível.
Durante o encontro com o parlamentar, a diretoria do Sindeducação reafirmou, que para a convocatória dos concursados existem carências na rede pública e se faz urgente a chamada para suprir essa demanda; ainda tratou também sobre as demandas mais urgentes da categoria, entre elas todos os problemas enfrentados pelos profissionais da educação com a adoção, às pressas, do ensino remoto na rede pública municipal. A presidente Sheila Bordalo falou sobre as dificuldades vivenciadas diariamente pela categoria, que assumiu todas as responsabilidades e custos com o ensino remoto para o andamento do Calendário Escolar de 2020 e 2021, lembrando que esta semana a entidade realizou uma paralisação de advertência para alertar a sociedade sobre a precarização da educação da rede pública municipal.
Ao parlamentar foram expostas inúmeras situações preocupantes, entre elas a não entrega de chips, tablets e computadores aos professores e estudantes, a falta de infraestrutura das escolas do município para um possível retorno presencial no segundo semestre e a forma como ocorre a distribuição dos kits de alimentação, pois o atual prefeito Eduardo Braide adotou o mesmo método tão criticado da gestão de Edivaldo Holanda Jr, o de distribuir apenas uma cesta básica por família. “Existem famílias com 5 crianças matriculadas, o justo é que os 5 estudantes recebessem as cestas, porém é 1 cesta por família”, alertou a 1ª secretaria Geral, Rose Costa.
Os diretores ainda trataram sobre a forma como o repasse do Governo Federal à educação vem sendo administrado neste contexto pandêmico, pois o município de São Luís recebeu verba do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) durante o ano de 2020, porém não aplicou nas reformas das escolas. “Com as escolas fechadas, os gastos com a educação diminuíram e, mesmo assim, o município continuou recebendo normalmente o dinheiro do fundo”, observou o secretário de Assuntos Jurídicos, Cássio Souza.
Os diretores Ester Durans, Claudia Aquino, Joseilton Melônio lamentaram ao deputado sobre a forma como a atual gestão da Prefeitura de São Luís vem dando atenção à educação.
“O cenário atual é humilhante, deprimente. É lastimável como o gestor público está tratando a educação pública da capital”, avaliou Cláudia Aquino
“A troca de comando dos titulares e suas equipes na Semed vem prejudicando o diálogo e andamento de demandas entre sindicato e a pasta”, declarou a Ester Durans.
“O professor está tentando fazer milagres para garantir o acesso dos alunos nas aulas remotas. O Estado e o Munícipio poderiam pensar em uma espécie de auxílio emergencial para pais e responsáveis acompanharem as atividade remotas realizadas como forma de mitigar todos esses impactos”, disse o Joseilton Melônio.
Por fim, a presidente da entidade ainda falou sobre os Precatórios do Fundef e pediu apoio do deputado estadual para garantir a subvinculação dos 60% do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) aos profissionais da educação de São Luís.
O deputado Duarte Jr. encerrou a reunião colocando o gabinete à disposição do Sindeducação. “Sou advogado e professor de curso superior, não temos uma carga tão pesada quanto a que é enfrentada por profissionais como vocês. Tenho muito interesse em poder colaborar, dentro do que é possível, com a categoria, pois, como professor jamais poderia ficar de fora dessa luta”, declarou.
_____
IMPRENSA SINDEDUCAÇÃO
