Trabalhadores da educação e da saúde reforçam a luta pela melhoria do sistema público de São Luís

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Na manhã desta segunda-feira, 20 de junho, os professores da rede pública municipal de São Luís, se concentraram em frente à Câmara Municipal, sob a expectativa de votação do percentual de reajuste dos servidores do magistério municipal, enviada pela Prefeitura de São Luís.

Além dos docentes, os servidores públicos do município, sob liderança do Sinfusp-MA, reforçaram a corrente de luta em prol dos direitos dos trabalhadores. O Sindicato dos funcionários públicos, aderiu ao indicativo de greve na última sexta-feira, 17 de junho, após decisão tomada em assembleia geral extraordinária.

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A “casa do povo”, como é denominada a Câmara Municipal, em especial hoje, não foi aberta para os seus legítimos donos (a sociedade). De pronto, a presidente do Sindeducação, Elisabeth Castelo Branco, exigiu, que os parlamentares recebessem os profissionais do magistério municipal e os outros servidores públicos.

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O presidente da Câmara Municipal, vereador Astro de Ogum, aceitou receber um grupo de representantes de ambas categorias. Vale ressaltar que a reunião aconteceu em um luxuoso espaço na câmara. Em contato com o belo cenário, é notório a disparidade de realidades. De um lado, os professores, que trabalham sem condições mínimas; em salas minúsculas, com total ausência de ventiladores, falta de água, sem material didático e pedagógico; infraestrutura precária correndo sérios riscos de desabamento; do outro, os vereadores com todo o aparato necessário para ???

Durante o encontro, a professora Elisabeth Castelo Branco, reafirmou o aparato da verba federal para efetivação do reajuste de 11,36% sem parcelamento (já que o governo vem oferecendo um reajuste de 5% retroativo a janeiro e 5,4% sem retroativo). “Os servidores do magistério já soma um montante de perdas salariais, ainda mais com a segunda parcela sem retroativo, ou seja, a Prefeitura está oferecendo apenas 5% de reajuste para a categoria; isso, nós não vamos aceitar”, reclamou a presidente.

A professora reforçou ainda, que os parlamentares tem a responsabilidade de fiscalizar todas as ações e com que é gasto o dinheiro público, principalmente os recursos destinados ao sistema educacional, por ser um serviço primordial para o funcionamento da sociedade.

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Após a reunião, os trabalhadores realizaram uma caminhada até a Prefeitura de São Luís. O ato de protesto foi marcado por gritos de ordem pelas ruas e vielas da cidade – conversando com moradores e explicando a situação caótica do sistema público da capital maranhense. Os servidores municipais reivindicam reajuste salarial de 10% e melhores condições de trabalho. “A Situação dos hospitais, principalmente dos socorrões, se encontram em estado de vulnerabilidade. Parece depósito de gente e não hospital”, protesta um trabalhador durante a caminhada.

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“As escolas públicas municipais vivem em condições subumanas – alunos e professores sofrem constantemente pelo péssimo gerenciamento do sistema de ensino de São Luís. Edivaldo Holanda Junior destruiu as nossas escolas e agora quer se reeleger. É vergonhoso a atitude desse prefeito que não respeita a educação”, reclamou a professora Maria de Lourdes.

A passeata de protesto subiu a avenida até o Palácio La Ravardiere, prédio do prefeito de gabinete de São Luís. Edivaldo Holanda não recebe os servidores municipais e nem a categoria de professores. “Estamos aberto ao diálogo. Edivaldo Holanda Junior é prefeito de gabinete; imaturo, incompetente e péssimo gestor. A categoria espera receber um reajuste digno e qualidade no acesso à educação. Estamos aguardando”, pontuou a presidente durante o ato na porta da Prefeitura.

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