A presidente do Sindeducação, professora Elisabeth Castelo, em continuidade aos trabalhos de visita às escolas da rede municipal de São Luís, na manhã da quarta-feira, 7 de junho, constatou que as reformas anunciadas pelo governo municipal são ilusórias.
Na UEB Alberto Pinheiro (ensino fundamental), paralisada desde 2009, o cenário é o mesmo. Em algumas salas os telhados e forros foram trocados, porém, já apresentam problemas de infiltração. As obras no Alberto Pinheiro correm vagarosamente e não há fiscalização, o que pode comprometer a qualidade do serviço realizado.
Vive-se em um “conto de fadas”, criado para blindar a ineficaz gestão de Edivaldo Holanda Júnior. Durante a audiência Pública, ocorrida no dia 31 de maio, o secretário de Educação, Raimundo Moacir Mendes Feitosa, apresentou um panorama fantasioso da atual situação da educação pública de São Luís, em seu discurso afirmou que a UEB Alberto Pinheiro seria entregue à população neste mês, somente por milagre este fato seria concretizado.
É expressivo o insucesso da administração pública em querer mostrar que tem responsabilidade e compromisso com a Educação através desses paliativos, mas logo os mesmos problemas voltam. Como é o caso da UEB Darcy Ribeiro, onde um teto desabou e deixou crianças e professora feridos. Em visita à unidade de ensino, encontramos uma das salas, incendiada no ano passado, inacabada; segundo uma professora, que preferiu não se identificar, na sala onde ocorreu o desabamento, os problemas de infiltração continuam. A comunidade escolar teme que a situação se agrave.
A UEB Rosália Freire, paralisada desde o início deste ano, recebeu pequenos reparos nas instalações elétricas, hidráulicas; serão recolocados tabicão nas janelas e as salas de aulas terão ventiladores. Diante das condições estruturais, a unidade de ensino ainda necessita de reparação, porém, segundo informações colhidas no local, o restante dos serviços será realizado em outro momento.
A UEB Bandeira Tribuzzi, paralisada desde 2015, foi visitada pelo prefeito, Edivaldo Holanda Júnior e sua cúpula, onde foi anunciado que as obras estão em fase de finalização e a unidade de ensino será entregue neste mês. Na época do fechamento da escola, os alunos foram relocados em uma escola do Estado, porém este ano, o prédio recebeu alunos da escola Modelo, e não pôde mais abrigar os alunos da UEB Tribuzzi, que não iniciaram o ano letivo de 2017.
Com a forte pressão do Sindeducação e com uma greve já definida para agosto, o prefeito da cidade resolveu aparecer para mostrar “avanços na educação pública”, mas tal publicidade não é capaz de mudar a realidade precária enfrentada por alunos e professores, que são as principais vítimas e testemunhas do descaso do governo municipal.
“A rede de ensino público de São Luís agoniza em meio ao esfacelamento do sistema educacional. Professores e alunos são tolhidos de seus direitos fundamentais; o sucateamento dos espaços escolares, a falta de material pedagógico e condições básicas inviabilizam o desenvolvimento do magistério; mesmo diante deste cenário caótico, os professores proporcionam um ensino de qualidade ao alunado pertencente às classes desprovidas de oportunidades; são esse educadores que levam para a sala de aula a oportunidade de um futuro melhor para as crianças e jovens, e se o governo municipal não preza pelo pilar de desenvolvimento de uma cidade, que é a educação, nós não temos outra escolha, iremos para o enfrentamento”, desabafou a professora Elisabeth Castelo Branco, presidente do Sindeducação.
A professora Elisabeth relata a situação dessas escolas.
1 comentário
Não são reformas ao pé da letra, mas sim um paliativo por o serviço é de péssima qualidade, outra coisa que chama atenção é o fato de que nas escolas Onde ocorre ase tais manutenções corretivas não tem placa informando o nome da empresa contratada nem valor do serviço, os pedreiros, encanadores e outros não usam equipamentos de segurança nem uniforme, assim não dá pra saber sequer o nome da empresa é tudo estranho?