Sindeducação segue com o cronograma de fiscalização das reformas nas escolas do município

Escola Ciep

Dando continuidade ao trabalho de fiscalização das reformas nas escolas da rede municipal de  São Luís, o Sindeducação visitou, na manhã da terça-feira, 9 de agosto, a U.E.B Luís Viana; U.E.B Miguel Lins – educação Infantil e a Unidade de Educação Básica Albérico Silva – CIEP, todas localizadas no bairro Alemanha.

A gestão Renovar e Avançar na Luta vem intensificando as ações fiscalizadoras nas unidades escolares que estão cotadas para receber reformas corretivas e preventivas, ainda, este ano. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (Semed), o plano de recuperação das escolas atingirá cerca de 90% da rede municipal. Através das inúmeras e recorrentes denúncias do Sindeducação, desde 2013, ao Ministério Público do Maranhão – MPMA foi estabelecido um Termo de Ajuste de Conduta (TAC/2014) que demandava a restruturação dos espaços escolares em profundo estado de deterioração, no entanto nem 50% dos prédios foram reformados.

Neste ano, o sindicato liderou mais um movimento de luta da categoria de professores em prol da reivindicação de direitos e também por melhorias no âmbito escolar. Após o encerramento da greve, o sindicato tem caído em campo para monitorar a situação dessas escolas listadas para receberem reformas.

Na U.E.B Luís Viana, a presidente do sindicato, professora Elisabeth Castelo Branco, e a professora Nathália Karoline, foram impedidas de entrar no local. Na ocasião, não havia ninguém da diretoria, apenas os porteiros. Conforme a previsão estipulada pela Semed, a escola iniciaria as atividades na segunda-feira, 8 de agosto, mas a reforma não foi concluída e, somente as salas do 8º e 9º ano estão funcionando.

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A reforma da escola Luís Viana, ainda, não foi concluída

Escola Luis Viana

Presidente do sindicato, professora Elisabeth Castelo Branco e a professora Nathália Karoline foram impedidas de entrar na escola Luís Viana

Desde o início do ano de 2016, a direção da entidade sindical e os professores desta escola tem cobrado uma ação efetiva em relação aos graves problemas que afetam a unidade de ensino como a falta de infraestrutura do prédio, superlotação das salas de aulas, quantidade de ventiladores insuficientes, forro danificado devido a intensidade de goteiras, rede elétrica comprometida, banheiros inadequados e insalubres, dentre outras necessidades.

Neste mês, a diretoria do Sindeducação esteve no local e constatou que as reformas estavam ocorrendo. Porém, a obra ainda não foi concluída e os estudantes, mais uma vez, são prejudicados.

Após a reforma, a U.E.B Miguel Lins – educação infantil representa os padrões de excelência e qualidade, que devem manter uma escola pública. Com nova pintura, banheiros bem estruturados, salas com ventiladores novos, além da renovação do sistema elétrico, a nova escola deixou a comunidade escolar maravilhada. A unidade de ensino também foi contemplada com um refeitório para as crianças, que antes não existia.

2. Escola Miguel Lins - Ed. Infantil 4

A presidente do Sindeducação, professora Elisabeth Castelo Branco, também se encantou com o resultado final das obras. “Lecionei nesta escola no ano de 2009 e tenho um grande apreço por ela. É esse o padrão de qualidade pelo qual lutamos arduamente; só queremos espaços escolares adequados e estruturados para desenvolver o trabalho pedagógico com excelência e motivação. Em uma escola sem infraestrutura, degradada, sem água e ventiladores, não é possível alcançar êxito no processo do ensino/aprendizagem; e as situações de precariedade nas escolas desestimulam e dificultam o aprendizado, ressaltou.

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Novo refeitório da escola Miguel Lins- educação infantil

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Todos os banheiros foram reformados

Na Unidade de Educação Básica Albérico Silva – CIEP, as obras, ainda, não começaram efetivamente; alguns reparos foram feitos nas instalações elétricas e hidráulicas. A unidade escolar não passa por uma reforma desde a gestão de Tadeu Palácio (2002-2004), e vem, ao logo desses anos, aumentando o quadro de problemas.

Com capacidade para abrigar 270 alunos, a escola de tempo integral não possuí condições dignas para atender os professores e estudantes. Segundo a professora Ellen Denise, os jovens passam o dia todo e não podem tomar banho, em decorrência de um antigo e recorrente problema no sistema de esgoto. “É necessário um trabalho intenso e efetivo nesta escola”, concluiu a professora.

Outra situação que segue no esquecimento da gestão pública municipal é a reforma da quadra esportiva desta unidade, que deveria ser inaugurada em outubro de 2015 e, até hoje, não foi concretizada. A promessa é de que a reforma da escola Ciep seja iniciada, ainda, nesta semana.

Com esse objetivo, a diretoria do Sindeducação, continuará o trabalho ostensivo de fiscalizações nas escolas em reformas, “e caso a Prefeitura de São Luís não realize as devidas manutenções, a entidade sindical voltará a cobrar junto ao Ministério Público, o término das referidas reformas alardeadas pelo executivo municipal. Essa é a bandeira de luta do Sindeducação por uma educação pública de qualidade: cobrar, denunciar e requerer medidas enérgicas para o bom funcionamento do sistema de ensino da nossa capital”, pontuou a presidente do Sindeducação, professora Elisabeth Castelo Branco.

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As janelas das salas de aula do Ciep estão quebradas e não fecham

2. Escola Ciep

Reforma inacabada da quadra esportiva do Ciep

Reforma inacabada da quadra esportiva do Ciep

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