Entidade solicitou, dentre outros, apuração de responsabilidade nos casos de veiculação de mensagens impróprias nos grupos WhatsApp
A Diretoria do Sindeducação reuniu-se na última quarta-feira, 9, com o promotor de Justiça Paulo Avelar, da 1ª Promotoria de Justiça da Educação, para solicitar apuração de crimes de responsabilidade nos casos de veiculação das mensagens impróprias nos grupos de WhatsApp que os professores foram obrigados e criar, custeando e mantendo o ensino remoto imposto pela SEMED. Também solicitou a intervenção do MP para tentar mediar a forma como a Secretaria de Educação tem trabalhado o ensino remoto.
A professora Nathália Karoline, dirigente sindical, informou que o ensino remoto está sendo desenvolvido de forma totalmente impositiva, sem diálogo com os educadores, expondo a vida pessoal dos trabalhadores, principalmente, no que diz respeito à veiculação de conteúdos impróprios nos grupos e até no privado das professoras. “Além dos professores, também expõe as crianças a tais conteúdos”, complementou.
O advogado Antônio Carlos Araújo, assessor jurídico do Sindeducação, ressaltou que a inexistência de uma plataforma própria que dê acesso seguro a professores e estudantes, tem ocasionado a exposição dos alunos, na maior parte, crianças de até 10 anos, a situações totalmente condenadas pelo Estatuto da Criança e Adolescente – ECA. “Estamos aqui para informar ao MP, que é o guardião da Infância e Juventude, sobre os graves problemas ocasionados pelo ensino remoto da Prefeitura de São Luís”, frisou.
O titular da 1ª Promotoria da Educação ressaltou que é uma situação difícil e que precisa combatida. Informou que vai analisar todas as provas apresentadas nos CD´s anexos aos ofícios remetidos pelo sindicato, para as providências cabíveis.
O Sindeducação reiterou que a Secretaria de Educação, em julho, havia informado sobre um estudo para veiculação do ensino remoto por meio de canais públicos de televisão, com gravação das aulas no estúdio da TV UFMA, mas que acabou optando pelo caminho mais difícil, que exige a aquisição, por parte das famílias, de recursos tecnológicos e internet para terem acesso à Educação Pública.
O Sindeducação reiterou as provas, a partir de denúncias de pais e professores, sobre o alcance limitado dessa modalidade de ensino, que tem prejudicado toda a sociedade. Os educadores estão sobrecarregados com jornadas subumanas, para produção, veiculação e acompanhamento das aulas e atividades didáticas. Muitos estão sofrendo assédio moral nas escolas, uma situação inaceitável.
Também participaram da reunião, as dirigentes sindicais, Izabel Cristina e Lília Veras.
–
Imprensa Sindeducação.