A paralisação em defesa da educação pública municipal iniciou nesta quinta-feira, 28 de abril, em frente à igreja do São Francisco, onde educadores caminharam até a porta da Prefeitura de São Luís – com gritos de protestos e músicas que reivindicam a qualidade na educação e o reajuste salarial 2016 da categoria.
O segundo dia de paralisação de advertência dos professores da rede pública municipal de São Luís, aconteceu nesta sexta feira, 29 de abril, em frente ao prédio da Promotoria Especializada em Defesa da Educação, localizado no bairro São Francisco.
Do lado de fora os educadores se concentravam em frente ao Ministério Público, onde aguardavam o resultado da reunião entre o secretário de Educação Moacir Feitosa, os promotores da Educação Paulo Avelar e Luciane Belo e a professora Elisabeth Castelo Branco, acompanhada da diretoria do Sindicato.
Na pauta foram discutidas a situação caótica das escolas; as condições de trabalho dos profissionais do magistério; a regularização do serviço de vigilância e do transporte escolar; a construção de creches e escolas; material didático e pedagógico entre outras demandas.
A presidente Elisabeth Castelo Branco fez um levantamento das problemáticas enfrentadas pelo corpo docente e discente no espaço escolar – que vem se perpetuando desde 2013 – quando o prefeito Edivaldo Holanda Júnior assumiu a gestão municipal.
“O sistema educacional está sendo massacrado pela intransigência de um governo descompromissado com o ensino público – professores e alunos estão cansados de promessas e mais promessas do governo. Já encaminhamos várias documentações junto a Promotoria de Educação e Probidade Administrativa com o retrato de precarização das escolas e, mesmo assim, a Prefeitura de São Luís continua omissa ao problemas da educação.
Mesa de Negociação
Ao final da reunião o secretário de educação Moacir Feitosa teria feito a convocação da mesa de negociação no horário da tarde para discutir uma outra contraproposta do governo municipal em relação o percentual de reajuste da categoria de professores.
Já do lado de fora, após reunião na promotoria especializada, a professora Elisabeth Castelo Branco esclareceu aos educadores algumas medidas que serão tomadas pelo governo municipal.
“Vamos continuar paralisando até que a Prefeitura de São Luís deixe de ser omissa e cumpra os direitos da categoria e dê condições às nossas escolas. Somos professores e exigimos respeito. Caso isso continue vamos tomar medidas mais drásticas diante da conjuntura educacional de São Luís”, relatou aos educadores em frente ao MP. “Vamos amanhã para Assembleia Geral discutir a pauta de reivindicações e o reajuste salarial. Vamos à luta contra a omissão do governo. Juntos somos imbatíveis”, completou.