O Sindeducação participou na tarde desta quinta feira, de mais uma reunião para tratar dos problemas da escola UEB Dom Delgado, localizada na Vila Conceição, bairro do São Raimundo. O turno vespertino da escola ainda não retornou as atividades pelos vários problemas que existem na unidade de ensino. Estavam presentes no encontro ainda pais de alunos, líderes comunitários e Secretaria Adjunta e técnicas da Semed.
A direção do Sindeducação firmou posição junto com os professores contra a proposta de rodízio sinalizada pela Secretaria Municipal de Educação, por entender que esse sistema prejudica o ensino aprendizagem dos alunos. Os professores, exigem os reparos e manutenções devidas da escola, para assim, retornarem as aulas.
“Estamos aqui, mais uma vez, para cobrarmos os serviços da UEB Dom Delgado. Não podemos deixar esses problemas se arrastarem mais”, defendeu a professora Elisabeth Castelo Branco, presidente do Sindeducação.
“Se continuarmos empurrando com a barriga esses problemas a reforma nunca vai acontecer. Com 20 tijolos e um saco de cimento isso aqui nunca vai para a frente”, lamentou o professor Aldecy Moraes Ribeiro.
Segundo os técnicos da Semed a UEB Dom Delgado não recebe recursos do PPDE, desde 2014, devido a falta de prestação de contas com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, recurso esse que poderia contribuir para esse fim.
Problemas
A UEB Dom José de Medeiros Delgado foi fundada em 2003, na Vila Cascavel, bairro do São Raimundo. A escola tem mais de 1.200 alunos e desde 2014 sofre com vários problemas.
No mês de fevereiro desse ano, por falta de segurança, a escola foi invadida por vândalos e teve várias salas saqueadas, cadeiras quebradas, janelas destruídas. Ventiladores foram furtados, televisores e data show. Além disso, faltam lâmpadas nas salas de aulas, carteiras para os alunos sentarem. O telhado da escola apresenta várias goteiras e existe infiltrações em muitas paredes. A quadra está sem condições de utilização, o teto sem condições, o alambrado está completamente enferrujado e alunos já se machucaram desenvolvendo as aulas.
Os professores reclamam ainda que nunca receberam da Semed diários de classe, pincel atômico e os livros que chegam na escola já estão defasados.
“São tantos problemas que existem na nossa escola que não temos condições de desenvolver as nossas atividades. Não podemos sacrificar esses alunos, temos responsabilidades com a educação e queremos o melhor para eles” desabafou o professor João Luís.
Encaminhamentos
Depois de mais de três horas de diálogo ficou encaminhado que os professores vão retornar as atividades assim que a Semed finalizar os trabalhos de reforma da escola. Ficou acertado que o prazo para o término das obras será 10 de abril.
“Os professores irão decidir os encaminhamentos do que aconteceu aqui hoje à tarde e encaminhar para a direção da escola e para a Semed, estamos aqui para apoiar e não vamos aceitar que ele seja prejudicado de forma alguma, temos responsabilidade com a educação de qualidade e vamos continuar lutando por ela, sempre” concluiu a professora Elisabeth Castelo Branco.