Na tarde de ontem (27/04), a diretoria do Sindeducação acompanhou audiência pública sobre o tema “Enfrentamento da violência nas escolas”. O evento foi uma iniciativa do deputado Ricardo Arruda (MDB), presidente da Comissão de Educação, Desporto, Ciência e Tecnologia da Casa e reuniu secretarias do estado da Educação e Segurança Pública, autoridades, especialistas da área da Educação e Neurociência, entidades de classe entre outras organizações que trabalham para amparo e proteção à criança e ao adolescente.
O objetivo do evento foi definir e encaminhar medidas para a prevenção de casos de violência, de ameaças e ataques a escolas, como os registrados em várias regiões do país, e que tiveram repercussões também em diversos municípios maranhenses. A ação visa, a partir do encontro, garantir segurança a todos no ambiente escolar.
Na oportunidade, o subsecretário de Educação, Anderson Lindoso, enfatizou que a política adotada pelo estado do Maranhão contra violência nas escolas está alcançando seus objetivos, enfatizando que houve a ampliação do programa ‘Ronda nas Escolas’ e no fortalecimento das guardas municipais. Já o ex-deputado e também ex-secretário estadual de Educação, Gastão Vieira destacou que é preciso ter uma política de choque contra a violência nas escolas, sobretudo no que diz respeito à prevenção para assim fortalecer o ensino e modificar o atual cenário. Convidada especial para palestra, a professora do Departamento de Pedagogia da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), Fabiana Canavieira afirmou que há estudos científicos que apontam que esse tipo de crise deve ser combatido já no início para evitar violência nas escolas e contra às escolas.
Durante interação com a bancada formada na audiência e com o público participante, a presidente do Sindeducação, Sheila Bordalo destacou que, a falta de investimentos na área da Educação afeta a escola como um todo e que, para enfrentar a problemática da violência, de uma maneira que vá muito mais além do reforço da segurança com aumento do efetivo de equipes e guardas policiais nas escolas, é preciso que o Governo do Estado e o Município foquem políticas pedagógicas voltadas à saúde emocional da comunidade escolar, disponibilizando equipes de psicólogos, profissionais especializados em mediação de conflitos e também para acolhimento daqueles que lidam com os problemas de violência e que a atenção seja para todos os profissionais da educação, como gestores, professores, supervisores merendeiras, seguranças, etc.