Sindeducação – gestão “Renovar e Avançar na Luta” promoveu um ciclo de debates durante a semana de paralisação em São Luís, compreendendo os dias 15, 16 e 17 de março, em referência a Greve Nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação (CNTE).
Na última Assembleia Geral Extraordinária, que aconteceu no dia 12 de março, os professores votaram e decidiram pela paralisação de uma semana, em repúdio a inércia da gestão do prefeito Edvaldo Holanda Júnior, diante do cenário de desordem da educação do município e a omissão aos direitos da categoria.
Mediante ao caos que assola a esfera educacional de São Luís, o Sindicato dos Professores da Rede municipal, organizou um cronograma de atividades aliando temáticas importantes para construção de discussões como a “Violência e sua influência no espaço escolar” “Precarização do ensino público municipal” “Assédio Moral na esfera educacional” e Saúde do professor: Combatendo os males que surgem no magistério.
E para finalizar o ciclo da Semana de Paralisação, na sexta-feira, 18 de março, o sindicato realizou uma grande roda de debate sobre Financiamento educacional – Lei do Piso; FUNDEB; PDDE, PDE e Conselho Escolar. As temáticas foram discutidas na sede do Sindeducação e contou com a participação de doutores, mestres e professores especialistas no assunto. A mesa de debate foi composta pelo professor doutor Severino Vilar de Albuquerque, formado pela Universidade de Brasília (UNB); Danilo Halabe, mestre em educação e doutorando em Psicologia Clínica na (PUC – SP) e a professora Sheila Bordalo, mestra em educação pela (UFMA).
Mediando o debate as professoras Elisabeth Castelo Branco, presidente do Sindeducação, e Nathália Caroline dos Santos, da Comissão de Reformulação do Estatuto Magistério e do PCCV.
Debate
Logo no início, o professor mestre em Educação, Danilo Halabe, explanou tecnicamente sobre o Fundeb, contemplando a criação pela emenda Constitucional nº 53/2006 e regulamentado pela Lei nº 11.494/2007 e pelo Decreto nº 6.253/2007, em substituição ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), que vigorou de 1998 a 2006.
“Esse assunto é imprescindível para os professores como um todo. O profissional da educação necessita está atento a esses recursos como forma de entendimento e conhecimento do que está entrando no município e, assim, gerar uma discussão mais ampla no intuito de questionar os órgãos públicos pela má gestão dos recursos”, enfatizou o docente.
Já o professor Severino Albuquerque, levantou um extenso histórico da aplicação de políticas públicas da educação a nível de Brasil transpondo uma relação dos recursos que chegavam aos cofres dos estados e municípios. Segundo ele, foi uma escolha temática excepcional, já que muitos profissionais desconhecem o processo desse tema.
“O sindicato produziu uma excelente temática educacional, pois esse assunto quase não se discute no âmbito escolar. Essa discussão ainda necessita ser ampliada para que a categoria produza reflexões importantes acerca do financiamento da educação, ou seja, o educador não se restringe somente a sala de aula, mas a difusão de conhecimento sobre o assunto tratado”, destacou.
A presidente do Sindicato, Elisabeth Castelo Branco, encerrou o Ciclo de Atividades em Defesa da qualidade da educação pública municipal com saldo positivo. “Foi de extrema relevância as discussões pontuadas ao longo da semana. O ciclo de debates nesses cinco dias foi uma estratégia de chamar atenção do governo municipal, mas também de difundir conhecimento e trocar experiências na área educacional. Os professores interagiram e tiraram dúvidas com doutores, mestres e especialistas em educação. Saldo positivo para a categoria de professores”, enfatizou a professora.
Ao final das atividades, a direção do sindicato fez a entrega dos certificados aos professores participantes da semana de paralisação em defesa da educação.