Sindeducação se reuniu, na manhã desta segunda-feira, 21, com a Promotoria do Estado de Defesa da Educação, para tratar sobre os problemas de infraestrutura da UEB Vila Embratel, onde parte do forro desabou na semana passada.
Participaram do encontro, alunos, pais e representantes do Conselho Tutelar da região. O momento foi provocado pelo Sindeducação após o incidente na escola. Na última semana, a entidade sindical se reuniu com pais e alunos da unidade de ensino para discutir as problemáticas e buscar soluções junto aos órgãos competentes.
Relembre: http://sindeducacao.org/precarizacao-da-educacao-publica-nao-e-falta-de-recursos-e-negligencia-da-gestao-publica
Durante a reunião, a presidente do Sindeducação, profª Elisabeth Castelo Branco, foi incisiva ao cobrar que o direito dos alunos à educação seja garantido. “ A escola não tem condições viáveis de funcionamento. A infraestrutura está toda comprometida e oferece risco ao alunado. O governo municipal precisa assumir com responsabilidade a sua função de ente público e ofertar uma educação pública de qualidade. O sindicato, a comunidade escolar e a sociedade não aceitam mais a educação precária para os nossos jovens, queremos uma escola pública digna, onde aluno e professor tenham condições para ensino e aprendizagem”, frisou.
De acordo com mãe, srª Cirlandra Silva, em dia de chuva o filho chega completamente molhada em casa, pois a mesma sala onde o forro desabou é encharcada pelas águas das chuvas. “Minha preocupação é em relação a demora do processo de reforma, pois temos conhecimento que várias escolas já estão paralisadas. Eu, enquanto mãe, luto para dar um futuro melhor para os meus filhos, por isso estou aqui, para recorrer ao MP. Quero ver meu filho na escola, tendo uma educação de qualidade”, emocionada, desabafou a mãe.
A aluna, Nayra Lima, disse que “os alunos querem que a SEMED faça a reforma em tempo hábil, “e não aceitaremos somente um paliativo, queremos uma reforma completa”, frisou.
O promotor Paulo Avelar, titular da 1º Promotoria, disse que irá tomar “providências administrativa, cobrando da Semed um posicionamento efetivo e enérgico para que a escola retome as atividades letivas, com infraestrutura adequada para o funcionamento. Já temos várias ações civis públicas contra a prefeitura de São Luís em relação aos problemas educacionais e, continuaremos cobrando do executivo medidas enérgicas para solucionar os graves problemas da educação”, ressaltou.
Outras demandas:
Os pais presentes também denunciaram a falta de professores, visto que, em diversas ocasiões, os alunos foram liberados por falta de docentes.
A profª Elisabeth ressaltou que “não deveria haver carência, pois tem um concurso vigente e os aprovados devem ser chamados para assumir esse déficit”, alertou.
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Essa questão da falta de professores é uma constante em várias escolas, haja vista que faltam muitos profissionais e o prefeito, além de realizar um concurso no qual o número de vagas oferecidas foi aquém do que a real necessidade da rede, não convoca os aprovados do último certame. Infraestrutura de escolas precárias é algo com o qual essa gestão pouco se importa, trabalho numa escola que até a pseudorreforma nunca foi concluída pois a empresa responsável ainda não recebeu o pagamento e o serviço parou.