SINDEDUCAÇÃO ALERTA | Se não houver resistência, Reforma da Previdência pode ser aprovada no dia 2 de Outubro

O Sindeducação faz um alerta sobre o trâmite da Proposta de Emenda Constitucional n. 6/2019, que trata da Reforma da Previdência. Caso a PEC siga o rito normal de votação no Senado Federal, é provável que no próximo dia 2 de Outubro seja aprovada já em 2º Turno, e remetida para sanção do presidente da República.

A presidente do Sindeducação, professora Elisabeth Castelo Branco, faz um alerta aos trabalhadores e conclama os professores da Rede Municipal para participarem das próximas atividades de luta que serão convocadas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE, e pelas centrais sindicais.

Muitos servidores estaduais e municipais estão acomodados acreditando que a Reforma da Previdência não afetará suas vidas profissionais; pelo contrário, além do discurso midiático que a Rede Globo tem defendido, tentando incluir estados e municípios na reforma, mesmo que não aconteça agora, a PEC 6/2019 é o portal de entrada para as modificações regionais e municipais, logo em seguida”, alerta a presidente.

A PEC 6/2019, aprovada em dois turnos na Câmara dos Deputados, chegou ao Senado Federal no último dia 8. Já passou pela Comissão de Constituição e Justiça – CCJ, e nesta semana, de 19 a 23, serão realizadas as audiências públicas sobre o tema. “Vamos contatar todos os senadores pelo Maranhão, e cobrar um posicionamento contrário à aprovação dessa reforma, que deforma o direito sagrado à aposentadoria de professores e dos trabalhadores brasileiros em geral”, informa Elisabeth Castelo Branco.

A votação do relatório, na CCJ do Senado, está prevista para o dia 4 de setembro. Dia 18 de setembro, se não houver mudanças, será a votação em 1º Turno. A PEC 6/2019 é defendida pelo governo como uma das principais formas de recuperar as contas públicas. A estimativa da equipe econômica é economizar cerca de R$ 930 bilhões em dez anos. “Economia às custas do sofrimento dos trabalhadores, que sempre são os culpados pelo mau gerenciamento do dinheiro público”, frisa a sindicalista.

GRANDES DEVEDORES – A proposta de reforma, no entanto, não apresenta nenhum mecanismo de combate à sonegação das grandes empresas. De acordo com o sindicato, o governo deveria focar em cobrar, por exemplo, as 500 maiores devedoras da Previdência Social, como Varig (R$ 3,8 bilhões); JBS (R$ 2,3 bilhões); Transbrasil (R$ 1,3 bilhão); Teka Tecelagem (R$ 742 milhões), citando apenas alguns, segundo dados publicados em 2017 pelo Jornal A Gazeta do Povo.

A REFORMA – A proposta de reforma da Previdência aprovada pela Câmara dos Deputados no último dia 7 de agosto prevê, entre outros pontos, idade mínima de aposentadoria: 65 anos para homens e 62 anos para mulheres (regra-geral).

No funcionalismo público o tempo mínimo de contribuição ficou em 25 anos para homens e mulheres. Para os trabalhadores rurais a idade mínima é cruel, 55 anos para mulheres e 60 anos para homens.

A idade mínima de aposentadoria para professores ficou em 57 anos para mulheres e 60 anos para homens. “Como dito acima, a PEC 6/2019 não alcança os professores do serviço público estadual e municipal, mas caso aprovada, servirá de base para as assembleias legislativas e câmaras municipais aprovarem mudanças nas aposentadorias regionais e locais”, lembra a presidente do Sindeducação.

Veja como votaram os deputados pelo Maranhão no segundo turno:

Votos a favor

  • Aluísio Mendes (Pode)

  • André Fufuca (PP)

  • Cléber Verde (PRB)

  • Edilázio Júnior (PSD)

  • Gastão Vieira (PROS)

  • Gil Cutrim (PDT)

  • Hildo Rocha (MDB)

  • João Marcelo Souza (MDB)

  • Josimar Maranhãozinho (PL)

  • Júnior Lourenço (PL)

  • Juscelino Filho (DEM)

  • Marreca Filho (Patri)

  • Pastor Gildenemyr (PL)

  • Pedro Lucas Fernandes (PTB)

Votos contra

  • Bira do Pindaré (PSB)

  • Eduardo Braide (PMN)

  • Márcio Jerry (PCdoB)

  • Zé Carlos (PT)

 

Veja o infográfico com a trajetória da PEC no Senado (Fonte: G1):

Imprensa Sindeducação.

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