Sinal de alerta para a educação com ameaça de 4ª onda da covid-19 no Brasil.

Algumas escolas em SP e MG já suspenderam aulas

A alta no índice de infecções de casos de covid-19 no Brasil aconteceu na semana iniciada no dia 5 de junho e encerrada no sábado (11). Segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), neste período foram contabilizados 292.068 novos casos. Essa foi a semana com o maior número de novas infecções desde o intervalo entre os dias 6 e 12 de março – quando foram contabilizadas 317.082 contaminações.

Com este aumento, especialistas da área da saúde voltam a recomendar, por exemplo, o uso da máscara nos espaços escolares para tentar frear o contágio, afirmando que este não era o momento ideal para acabar com a obrigatoriedade do uso delas e também de relaxar nas medidas protetivas contra o doença, mesmo diante do avanço da vacinação no Brasil.

Em São Paulo, de acordo com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), o aumento de casos de covid-19 (mais de 300%) levou nas últimas semanas várias escolas municipais e estaduais a voltarem ao ensino remoto de forma total ou parcial. Desde maio escolas particulares de Belo Horizonte (MG) anunciaram a suspensão temporária de aulas presenciais após confirmação de mais casos. Na última semana, Fortaleza (CE) anunciou o “Dia D” de vacinação contra covid-19 nas escolas municipais de ensino para conter o avanço do vírus.

 O que diz o Sindeducação:

Com várias capitais registrando alta taxa de transmissão e da ocupação de Unidades de Terapias Intensivas (UTIs), a preocupação é grande,  sobretudo porque o sindicato tem recebido diversas denúncias e reclamações de  professores e professoras das unidades de ensino de São Luís, que relatam o desrespeito aos protocolos sanitário necessários para combate à Covid-19 e outras infecções,  muitas crianças, jovens e funcionários indo às escolas gripados, inclusive casos em que foram apresentados testes positivos da doença e as gestões das escolas não tomaram nenhuma providência.

Estamos cobrando da Prefeitura e da Secretaria Municipal de Educação  (Semed) uma posição sobre essa situação, sobretudo porque muitas escolas  continuam insalubres. Como já denunciado pelo Sindeducação por diversas vezes, há UEBs na capital que não possuem nem água potável e sabão para lavar as mãos, não tem álcool em gel à disposição e não há mais aferição de temperatura, lembrando também que, para ter acesso às escolas que voltaram ao ensino presencial, nunca foi cobrado o passaporte de vacinação, como é solicitado em órgãos públicos, por exemplo. A infraestrutura comprometida de muitas salas de aulas, com espaços pequenos, sem nenhum tipo de ventilação, banheiros sem pias, completam o cenário de caos das UEBs. 

Nós, do Sindeducação, sempre defendemos que as escolas da rede, antes de retornarem ao ensino presencial, pudessem ter condições necessárias de proteção e cumprissem rigorosamente os protocolos sanitários. Esta entidade, inclusive destaca a dificuldade que a Semed tem em debater com o Sindeducação os problemas e encontrar soluções, apesar dos vários pedidos de diálogo e que vêm sendo feitos desde o ano passado via ofício, durante as rodadas da Mesa de Negociação e reuniões convocadas pelo Ministério Público do Maranhão, por meio da Promotorias da Educação.  

É evidente que, se pretendemos continuar combatendo o avanço da pandemia da covid-19, precisamos de protocolos sanitários bem definidos e eficazes e isso só será garantido a partir do momento em que a Prefeitura de São Luís tiver preparo para um plano completo que atinja todas as escolas da rede.  

A direção do sindicato tem acompanhando com cuidado o assunto e o desdobramento do cenário da crise sanitária no país e em São Luís continuará cobrando um posicionamento responsável da Prefeitura de São Luís sobre as medidas de enfrentamento para uma possível nova onda de pandemia. 

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