Setembro é tempo de cuidar da saúde mental, é o mês mundial de prevenção do suicídio, chamado de Setembro Amarelo. A Direção do Sindeducação, mais uma vez preocupada com o bem-estar dos professores sindicalizados, disponibiliza atendimento psicológico, durante a pandemia, de forma online. Para desfrutar do serviço, implementado em agosto de 2018, é necessário fazer agendamento pelos telefones (98) 99204-9066 (ligação); (98) 98802-0841 (whatsapp) ou ainda por e-mail administracao@sindeducacao.org
O Sindeducação retomou o atendimento psicológico, de forma online, no último mês de junho, com o objetivo de oportunizar os professores que estão abalados em razão de perdas na família, ou mesmo de algum parente ou amigo que está enfermo, ou ainda, aquele educador ou seu dependente que está com dificuldade para atravessar o período do isolamento social, apresentando sintomas de abalo da saúde mental.
O atendimento é realizado pela psicóloga Deborah do Santos, parceira do Sindeducação desde 2018, e que já vivencia e acompanha diversos professores que utilizam esse serviço de saúde por meio da entidade.
De acordo com a presidente em Exercício do Sindeducação, professora Izabel Cristina Dias, a iniciativa visa amparar as famílias e minimizar os traumas sofridos por elas, já que a pandemia trouxe, além do fator surpresa, momentos difíceis de serem enfrentados. “Os professores também enfrentam ansiedade e preocupação em torno da retomada das aulas, a forma como esse retorno tem sido trabalhado pela SEMED, dentre outras preocupações”, avalia a sindicalista.
Segundo dados do Sindeducação, as péssimas condições de trabalho aliadas a desvalorização profissional patrocinada pela Prefeitura de São Luís, ao longo dos últimos 8 anos, têm agravado os problemas de saúde dos profissionais do Magistério, em especial, de ansiedade, depressão, alcoolismo e outros.
Para a dirigente sindical Nathália Karoline, a categoria está adoecendo e a SEMED não tem uma política para amenizar esse problema, fato identificado, inclusive, pela Equipe Pedagógica do Ministério Público, na Análise das Diretrizes Unilaterais da Secretaria de Educação. No Parecer lido pelo promotor de Justiça Paulo Avelar, as pedagogas ministeriais reconhecem a grande dificuldade que será imposta aos professores e estudantes para uma retomada híbrida do calendário, visto a ausência de habilidades desenvolvidas para esse novo formato, e identifica a inexistência de uma política de acolhimento socioemocional aos professores para essa retomada.
No Parecer, o MP também pontua a falta de infraestrutura das escolas para qualquer retomada presencial, problema histórico que vem sendo agravado nos últimos anos, diante um quadro de apenas 14 escolas reformadas, de um total de 266.
“A pandemia veio aflorar, ainda mais as preocupações da categoria no que diz respeito às incertezas do exercício da profissão, com a adoção de Aventuras Pedagógicas pela gestão educacional da Prefeitura de São Luís, assédio moral, atraso no pagamento dos direitos estatutários, defasagem salarial, dentre outros fatores que abalam a saúde emocional dos educadores”, aponta a professora Nathália Karoline, dirigente executiva da entidade.
DADOS – Desde que foi implantado, o setor psicológico do Sindeducação fez cerca de 100 sessões de atendimento com professores e dependentes. Nesse período, os casos mais recorrentes foram de professores com quadro de Depressão, transtornos de Ansiedade e Síndrome de Burnout.
A Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional é um distúrbio emocional acompanhado de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastantes, que demandam muita competitividade ou responsabilidade.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde – OMS, no Brasil existem cerca de 11 milhões de pessoas com depressão, quase 6% da população. Mas é preciso diferenciar tristeza passageira de depressão. A depressão precisa ser diagnosticada por um profissional, a princípio, um psicólogo, que ao diagnosticar como um quadro grave de depressão, encaminhará o paciente para um médico psiquiatra.
SETEMBRO AMARELO – Setembro é o mês mundial de prevenção do suicídio, chamado também de Setembro Amarelo. O assunto que já foi um tabu muito maior, ainda enfrenta grandes dificuldades na identificação de sinais, oferta e busca por ajuda, justamente pelos preconceitos e falta de informação.
Segundo a OMS, nove em cada dez mortes por suicídio podem ser evitadas. No Brasil, 32 pessoas se matam por dia. No mundo, há uma morte do tipo a cada 40 segundos. Por isso, o movimento é feito para mostrar que a prevenção é fundamental para reverter a situação. Para a campanha Setembro Amarelo, a primeira medida preventiva é a educação, para perder o medo de se falar sobre o assunto, esclarecendo, conscientizando e estimulando o diálogo.
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Imprensa Sindeducação.