Você sabia que somos aproximadamente mais de 7 mil professores em toda rede pública municipal de São Luís e que hoje, dentro dessa nossa realidade, mais de 1.500 profissionais encontram-se afastados por motivos de doenças ocupacionais?
Grande parte desses afastamentos se dá pelos transtornos emocionais. É cada vez maior o número de profissionais que pedem licença para tratar de estresse agudo, depressão, síndrome do pânico, síndrome de burnout, ansiedade, sem contar que, na rede, também há casos de docentes que seguem em sala de aula estafados e desenvolvendo relação apática com seu ofício. Tais transtornos são fatores de riscos que podem, sim, levar ao suicídio. Precisamos nos debruçar sobre esse tema, pois temos vivido um processo de muito adoecimento mental.
O cenário é preocupante, ainda mais porque os governos não desenvolvem políticas públicas mais concretas e direcionadas para contemplar a saúde do trabalhador. Em São Luís, o funcionalismo público municipal sequer tem hospital de assistência para eles. Ou seja, tratamento para as doenças emocionais, bem como os custos com medicações caras são custeados pelas categorias.
Neste mês do Setembro Amarelo, as atenções se voltam para as necessidades com os cuidados da nossa saúde mental. O Sindeducação, que adere à campanha de prevenção ao suicídio, reforça: é necessário investimento e melhorias da rede pública de atendimento da capital maranhense, bem como ações que contemplem a saúde dos (as) docentes, além de se discutir e construir projetos que tratam sobre o tema.
Nossa entidade entende que é importante que, de fato, haja uma rede organizada para assistir às pessoas em sofrimento. É direito de cidadania que não pode mais ser negado.
_________________________
IMPRENSA SINDEDUCAÇÃO