Desde que anunciou a realização de seletivo para professores (as) para atender a demanda de carência desses (as) profissionais nas escolas da rede pública municipal, a Prefeitura de São Luís vem cometendo uma sequência de erros, alguns considerados grosseiros. Para este seletivo foram disponibilizadas o total de 786 vagas para professores da educação infantil, do ensino fundamental, anos iniciais e anos finais e mais de 11 mil candidatos participaram do certame com a expectativa de se tornarem servidores do município.
Logo quando anunciado, nós do Sindeducação, tecemos várias críticas ao seletivo, reafirmando nosso posicionamento de que a principal forma de entrada de professores (as) na carreira deve ser por meio de concurso público. Com seletivo não há valorização da carreira dos profissionais do magistério, há um enfraquecimento do vínculo dos profissionais e não há garantia de direitos conquistados com muita luta por entidades sindicais e a categoria ao longo dos últimos anos.
Infelizmente, estamos vendo que suprir a carência de professores (as) na rede está longe do fim e que o desrespeito para com esses profissionais se tornou uma rotina desde a gestão de Edivaldo Holanda Jr.– lembrando que muitos dos (as) seletivados (as) que faziam parte da rede e que estavam com seus contratos vencidos foram desligados (as) no mês de julho sem nenhum tipo de aviso prévio.
O Sindeducação vem acompanhando as denúncias que chegam à entidade sobre falta de professores (as) em várias disciplinas nas escolas. Estamos quase no final do ano letivo de 2023 e, até o momento, muitos dos (as) novos (as) seletivados (as) estão sem a sua lotação, porque a Secretaria Municipal de Educação (Semed) os envia para algumas escolas e, chegando nas UEBs, é que os (as) docentes descobrem que aquela que seria a sua vaga já foi preenchida. Outra denúncia que chegou também ao sindicato foi que somente no dia 15 de setembro é que os salários deles foram depositados, ou seja, com 15 dias de atraso.
Vamos relembrar também que muitos desses profissionais desistiram do seletivo, pois não houve alternativa para que conciliassem as horas trabalhadas com outros contratos (escolas de outras redes municipais ou particulares). O Recursos Humanos da Semed não cruzou os dados apresentados pelos (as) professores (as).
O Sindeducação segue acompanhando todo o processo iniciado em dezembro de 2022, solicitando às autoridades competentes fiscalização e celeridade nas ações empreendidas e lamentando por toda a problemática causada pela Prefeitura de São Luís, pois quem mais sofre com a falta de organização são os (as) estudantes da rede, que não têm em suas escolas disciplinas como Matemática e Português, suas famílias e os demais profissionais das escolas, que padecem em meio a tanto descaso.