Os professores da rede pública municipal de São Luís rejeitaram, mais uma vez, de forma unânime, a contraproposta de 10,67% – parcelada em três vezes, apresentada pelo governo municipal – e votaram pela proposta do Sindeducação em retomar a Assembleia no dia 19 de maio para decidir acerca da greve por tempo indeterminado.
Formaram a mesa de trabalho a professora Elisabeth Castelo Branco, presidente do Sindeducação, o assessor jurídico da entidade, advogado Antônio Carlos Araújo Ferreira, o diretor financeiro do sindicato, Benedito Oliveira Filho – e na coordenação da Assembleia a professora Orfisa Surama.
Ao iniciar Assembleia, após a leitura da primeira e segunda chamada – a presidente Elisabeth Castelo Branco expôs o comprometimento da entidade sindical em prol da luta da classe de professores e ressaltou que jamais fez qualquer acordo de parcelamento do reajuste salarial.
“Nunca aceitamos e nem compactuamos com qualquer tipo de parcelamento de reajuste salarial proposto pelo governo municipal – essa entidade tem respeito e responsabilidade com essa categoria – que jamais saiu do campo de luta em prol de uma educação pública de qualidade. Com a confiança dos professores a entidade sindical construiu uma luta diferenciada cobrando e denunciando as mazelas do sistema educacional – unidade sindical repudia qualquer atitude dessa natureza de tentar desvirtuar o sentido da luta – não vamos aceitar – e quem deve ser penalizado é o governo – se tivermos que parar vamos parar”, mencionou a presidente da entidade.
Após a apreciação da proposta emitida pela Prefeitura de São Luís de 10,67% parcelada de três vezes – sendo uma de 5% retroativo a Janeiro, a outra de 4% em setembro, e por último 1,35% referente ao mês de dezembro – os professores rechaçaram a proposta do parcelamento.
O professor Marco Aurélio ao fazer uso da palavra demonstrou insatisfação da proposta de parcelamento e criticou a postura do governo municipal em apresentar uma proposta absurda diante da conjuntura educacional de São Luís. “Sou um trabalhador do Magistério. Podemos sim fazer um movimento grevista para que a governo pague o nosso reajuste, no entanto, precisamos ser conscientes e deflagrar uma greve legal sem a perda dos nossos direitos.
Militantes partidários infiltrados na categoria
Apesar de das reclamações feitas pela maioria dos professores em assembleia, algumas pessoas ainda continuam fazendo discursos de interesses individuais e polítiqueiros – esses políticos partidários infiltrados na categoria, se colocam na proposição individualista e acabam desvirtuando a verdadeira luta dos educadores.
Esses partidários tentar fazem a categoria acreditar que estão do nosso lado, mas na verdade jogam contra os educadores. Eles se alistam para integrar a mesa de negociação, não comparecem, espalham inverdades de todos os tipos e, tentam disseminar assuntos fora de contexto da pauta. Gritam por greve a todo custo – mas não apresentam nenhum tipo de articulação e construção do movimento – por que o grito da greve sem uma construção legal.
FIQUE ATENTO A ESSES DISCURSOS PROFESSORES! MUITOS DAQUELES QUE UTILIZAM O MICROFONE NÃO SÃO LUTADORES PELA CATEGORIA!
Para a ampla maioria dos educadores presentes ao evento, esse foi o ponto negativo da assembleia.
Jurídico
Com base em alguns posicionamentos durante a Assembleia, o assessor jurídico do Sindeducação, Antônio Carlos, frisou alguns requisitos importantes e imprescindíveis para construir legalmente um movimento grevista.
“A greve é um direito de todos os trabalhadores. O seu exercício envolve uma série de condições e consequências, que devem ser consideradas pelo movimento sindical em sua luta. O movimento paredista no serviço público, por sua vez, tem várias particularidades que não podem ser esquecidas, entretanto, a greve deve ser deflagrada mediante todos os parâmetros constitucionais – garantindo sua inteira legalidade. A entidade sindical nunca foi (e nem será) contra movimentos, paralisações e uma série de outras atividades que denunciem a postura leviana da gestão municipal – podemos sim deflagrar uma greve – desde que seja com requisitos legais sem que prejudique os reais interesses da classe de educadores”, explicou o assessor.
Mediante o posicionamento intransigente do governo municipal em propor uma proposta de reajuste indecente (ainda parcelada), a categoria de professores repudia essa atitude omissa da Prefeitura de São Luís. Desta forma os professores, mais uma vez, em assembleia reprovaram o percentual prepositivo pelo governo.
Decisão
A proposta votada pela categoria requer um posicionamento em caráter de urgência por parte da Prefeitura de São Luís até o dia 18 de maio – dia que antecede a Assembleia Geral para decidir uma deflagração de um movimento grevista – caso o governo não apresente o reajuste salarial de forma integral.
Avante Educadores!
1 comentário
Nao ha esperança nesse governo incompetente, desequilibrado, mal administrado .O descaso é. Deprimente com a educaçao , que vive seu pior momento em 50 anos. Greve geral por tempo indeterminado…