Em Assembleia Geral Extraordinária, realizada, na manhã desta quarta-feira, 17, na sede da Fetiema – Centro, os professores da rede pública municipal de São Luís avaliaram conjuntamente os assuntos a rediscussão dos índices de proposta da campanha salarial; reivindicações trabalhistas 2016 e atividades sindicais.
A mesa de trabalho foi composta pelas professoras Elisabeth Castelo Branco, Márcia Dutra, Isabel Cristina Dias e Orfisa Surama, dirigentes sindicais; pelo diretor financeiro do Sindeducação, Benedito Oliveira Filho e o assessor jurídico da entidade sindical, advogado Antônio Carlos.
Depois do início dos trabalhos e leitura do edital de convocação – primeira e segunda chamadas – a presidente Elisabeth realizou uma breve apresentação em que expôs a justificativa à categoria para realização da Assembleia Geral Extraordinária; exibindo ainda, um infográfico que mostra a realidade do professor e o comparativo salarial com os gastos básicos e de formação profissional.
Última Assembleia
Na última Assembleia Geral, ocorrida no dia 16 de janeiro deste ano, uma parte minoritária da categoria compareceu e desta forma, limitou a habilidade de análise da proposta. Na ocasião, o professor Antonísio Furtado defendeu o reajuste de 11,36% em consonância com a proposta do Governo Federal. O percentual foi aceito pela maioria dos presentes, mas, com relutância por parte do Sindeducação, que considerou a proposta (votada) injusta – diante de todas as dificuldades que os professores enfrentam por considerar o mais baixo índice de reivindicação na história da categoria.
A comissão de negociação discutiu a pauta e, pela maioria dos votos, optaram pela realização de uma nova Assembleia em caráter extraordinário para rediscutir o percentual proposto na última.
“Não seria justo com os professores, não proporcionar uma segunda chance para avaliação da proposta do 11,36%, tendo em vista, que a primeira Assembleia Geral, não foi tão massiva quando esta. O índice é muito baixo e em negociação com o governo municipal, pode até reduzir”, esclareceu a presidente.
Logo após, foi aberta as inscrições para a avaliação da proposta de 11,36%. Cerca de oito professores se pronunciaram e, em sua maioria, demonstram insatisfação ao atual percentual; e alguns, repudiaram o comportamento de colegas, em utilizar o microfone para fazer discurso eleitoreiro. “Estamos discutindo os interesses da categoria e não aceitamos discursos partidários políticos que visam seus interesses individuais”, expôs a professora Natália Caroline.
A professora Cássia Miranda, durante o discurso, além de pontuar os interesses da classe de professores acerca do percentual proposto com base nas perdas salariais, fez vários questionamentos em relação à negociação com a gestão municipal. “Em hipótese alguma devemos levar um valor rebaixado para a mesa de negociação. O governo é articulado e trabalha sempre com um valor mínimo, ou seja, devemos levar uma proposta mais consistente levando em consideração as nossas condições enquanto profissionais do magistério”, disse.
Ao final das discussões, de forma consensual, a categoria decidiu pela reavaliação das propostas e aprovaram o índice apresentado pelo Sindeducação, com 92 votos, e vão para mesa de negociação com o governo municipal com a proposta de 13,68% mais perdas do valor/custo aluno equivalente a 31,46%.
Reivindicações 2016 e Atividades Sindicais
Dando seguimento aos assuntos discutidos, a presidente do sindicato expôs ainda as principais reivindicações: Segurança em 100% das escolas da rede pública municipal; condições estruturais dos prédios escolares; condições de trabalho; Concurso Público; Recursos Didáticos e Pedagógicos; nomeação e posse dos membros dos Conselhos Municipais de Educação e do FUNDEB, eleição direta para gestor de escola; adicional de férias dos contratados e revisão de contratos em relação aos salários.
Ato – O Sindeducação convocou a categoria para uma paralisação de alerta a gestão municipal – em repúdio a crise instaurada na educação pública com a precariedade do sistema educacional. O ato foi decidido, também, por meio de votação, e acontecerá no dia 22 de fevereiro (data prevista para o início do ano letivo 2016) na Praça Deodoro.
A mobilização também vai englobar alunos, pais e sociedade em geral. “Vamos para as ruas exigir nossos direitos enquanto integrantes da comunidade educacional. Não vamos iniciar o ano letivo de 2016 afrontados por essa corja da politicagem que está sufocando o que deveria ser a prioridade do governo – a educação” enfatizou a professora Elisabeth. Após a discussão sobre o ato, a Assembleia foi finalizada.