Os professores da rede pública municipal de São Luís, em Assembleia Geral Extraordinária, realizada no espaço Real Promoções, Turu, rechaçaram a contraproposta do governo municipal de 10,67% divida em três parcelas – e encaminharam a proposta de 11,36% retroativo ao mês Janeiro – mais o Indicativo de greve para uma nova Assembleia marcada para o dia 10 de maio.
A mesa foi composta pela professora Elisabeth Castelo Branco, presidente do Sindeducação; o assessor jurídico da entidade, advogado Antonio Carlos Araujo; a professora Márcia Dutra, dirigente sindical; e o professor Benedito Oliveira Filho, diretor financeiro do Sindicato; na coordenação a professora Orfisa Surama.
Ao iniciar os trabalhos a presidente do Sindicato, Elisabeth Castelo Branco, pontuou alguns assuntos pertinentes a mesa de negociação permanente – expondo as discussões no que desrespeito a pauta de reivindicações 2016 – condições dignas de trabalho; infraestrutura das escolas; serviço de vigilância integral; construção de escolas e creches e outras demandas.
“Temos uma longa pauta a ser discutida com o governo e precisamos unificar a luta da categoria em prol da qualidade do sistema educacional de São Luís – utilizar o microfone para pontuar uma paralisação e não participar enfraquece o movimento e diminui as possibilidades de conseguirmos desbancar os desmandos do governo municipal – apresentar a proposta em assembleia é um ato democrático – entretanto necessita da participação de quem apresentou”, frisou a presidente.
Após algumas observações relevantes, a presidente do sindicato iniciou a leitura do ofício encaminhado pelo governo municipal disposto a mesa de negociação – apresentando o percentual de reajuste de 10,67% em três parcelas – sendo 4,5% incidido na folha salarial de maio – pagamento retroativo a janeiro; a segunda de 4,5% a ser aplicada no mês de setembro; e 1,35% a ser aplicado na folha de dezembro, já corrigidos, após a leitura os educadores presentes rejeitaram a contraproposta apresentada pela Prefeitura.
Antes das inscrições os professores elegeram os dez representantes da Comissão para Construção do Projeto de Gestão Escolar que serão apresentados à Secretaria Municipal de Educação (SEMED), além dos representantes do Conselho Municipal de Educação (CME), as professoras Sheila Bordalo – como titular e Nathália dos Santos como suplente.
Ao iniciar os discursos, a professora Cássia Miranda membro da mesa permanente de negociação, criticou a postura de alguns professores que fazem parte da mesa – inclusive o professor Antonísio Furtado que não discute a pauta de reivindicação e muito menos se interessa pelas questões da categoria. Segundo ela, a participação nas negociações é imprescindível e a falta de alguns professores enfraquecem as discussões da pauta.
“Fico revoltada com a atitude desses professores. Eles gritam greve e não participam dos movimentos. Gritam paralisação e não comparecem. Como podemos lutar pela educação e por salário digno – diante desses partidários que utilizam o microfone, eles sim fazem oposição à categoria de professores. Não serviremos de palanque político!” criticou.
Governo omisso
A alegação da Prefeitura de São Luís continua sendo em virtude da atual conjuntura do país que vivencia uma crise financeira sem precedentes. Acontece que o prefeito Edivaldo Holanda Junior vem massacrando o sistema educacional de São Luís e nesse governo o direito de alunos e professores são descumpridos diariamente desde 2013 – época em que o gestor assumiu o poder municipal.
Por ampla maioria dos votos os professores decidiram pela proposta de 11,36% retroativo a Janeiro – que será encaminhada para avaliação do governo – mais o indicativo de greve a ser discutido na Assembleia Geral marcada para o dia 10 de maio.
POLÍTICOS PARTIDÁRIOS NA LUTA DA CATEGORIA!
Alguns professores utilizaram o microfone não para se manifestarem em favor da bandeira de luta do magistério – mas por interesses próprios onde vislumbram audiência e favorecimento político. A infiltração desses educadores políticos ligados a siglas partidárias distorce o sentido da pauta reivindicada e pode colocar a categoria de professores no precipício não se atentando para os parâmetros legais dos movimentos – inclusive o movimento paredista – greve é um direito legal de trabalhadores e trabalhadoras independente da área de atuação – no entanto deve ser com responsabilidade legal e jurídica sem que prejudique os participantes. FIQUE ATENTO A ESSES PROFESSORES QUE COSTUMAM FAZER DISCURSOS ACALORADOS! DE ALGUMAS FORMA ELES QUEREM SE PROMOVEREM E LEVANTAREM BANDEIRAS DO SEU PARTIDO.
3 Comentários
É os seletivados, como ficam nesse tiroteio?
Creio que legalmente os seletivados tem uma outra conjuntura de direitos. Isso não que dizer que o sindicato não o ampare legalmente. Porém existe outros critérios jurídicos para essa classe de professores que não são efetivos.
espero entrarmos em um acordo definitivo para que não aconteça o que aconteceu no ano passado onde acabamos com 5,96% precisamos ter bom censo já que todos nos precisamos urgente de um aumento em nossos salários espero que tudo ocorra da melhor maneira possivel