Professores municipais do Estado do Maranhão realizam Ato Unificado na capital

Os professores municipais do Estado do Maranhão ocuparam as ruas da capital maranhense, na manhã da segunda-feira, 4 de junho, para reivindicar a garantia de direitos conquistados. Os manifestantes se reuniram na Praça Maria Aragão e seguiram em passeata até o Palácio dos Leões.

O Ato Unificado contou com a organização do Sindeducação, Fetracse, Força Sindical e FetesPulsuma, dentre outras entidades representativas de classe dos municípios de Presidente Dutra, Imperatriz, Governador Luís Rocha, Governador Archer, Jatobá, São Domingos, Pedreiras, Tuntum, São José dos Basílios, Santa Filomena, Gonçalves Dias, Graça Aranha, Capinzal do Norte, Raposa, Santo Antônio dos Lopes, Joselândia, São Mateus, Governador Edison Lobão, Vila Nova dos Martírios, São Francisco do Brejão, Santa Luzia do Paruá, Davinópolis, João Lisboa, Cidelândia, Brejo e Santa Quitéria.

“O Sindeducação, enquanto entidade representativa da classe de professores municipais, lidera essa luta coletiva, visto que, diante deste cenário de destruição do Estado Democrático de Direito, os trabalhadores precisam se unir e enfrentar o desgoverno. Vamos mostrar a nossa força, nos empoderando do que diz o artigo 1º, Parágrafo Único da Constituição Federal: Todo poder emana do povo”, bradou a presidente, profª Elisabeth Castelo Branco.

Para o presidente da Fetracse, Gelilson Oliveira, o Ato Unificado foi um marco na luta dos servidores. “Estamos marcando a nossa posição, enquanto trabalhadores, reivindicando e pedindo providências do Estado acerca da pauta, assim como exigimos que as políticas públicas sejam efetivas”.

Reivindicações

Com faixas e cartazes, os educadores chamaram a atenção do Governador do Estado, Flávio Dino (PCdoB) – que tenta a reeleição neste ano –  com uma política de retirada de direitos empreendida pelos prefeitos do Maranhão, visto que alguns são coligados à base do governo, impondo o aumento da carga horária de trabalho dos professores. A categoria também requer do Governo mais investimentos em políticas educacionais, para que ele cumpra com o seu dever de ofertar uma educação social de qualidade, gratuita e laica para a sociedade maranhense.

Os manifestantes fizeram o enfrentamento, se concentrando na frente das sedes dos governos estadual e municipal, na tentativa de dialogar com os governantes. A cúpula do Governo chamou a comissão formada pelas lideranças do Ato Unificado para reunião. Representando o Governo Estadual, estavam presentes o secretário Estadual de Educação, Felipe Camarão, o secretário Adjunto de Suporte ao Sistema Educacional da Seduc, Anderson Lindoso e o deputado estadual (PSB), Bira do Pindaré.

Na oportunidade, a comissão entregou uma carta aos representantes do governo, requerendo o comprometimento da esfera estadual diante das reivindicações da categoria de professores, que visam a garantia dos direitos conquistados, a melhoria da qualidade da escola pública e a valorização dos profissionais do magistério.

Dentre as reivindicações, o movimento sindical solicitou, ainda, que o Governador dialogasse com os prefeitos do Estado, para que estes cumpram a Lei do Piso 11.738/2006 e garantam que, dos precatórios do FUNDEF, 60% sejam destinados aos professores e 40% para a manutenção da educação pública.

A frente de luta também solicitou uma postura expressiva e enérgica do Governo do Estado quanto às demandas nacionais impostas pelo presidente golpista, Michel Temer (PSDB), que objetivam a aprovação de medidas retrógradas contra os servidores públicos.

“Nós precisamos de alguém que ouça os profissionais do magistério. Só assim avançaremos na educação do nosso Estado. Não se pode pensar em educação de qualidade se não há uma política de valorização para os profissionais do magistério; nós, que estamos no chão da escola, conhecemos a realidade e as necessidades do ambiente de ensino, assim como entendemos que a construção de uma sociedade justa e igualitária começa com uma educação efetiva, que educa e transforma! Mas, para isso, precisamos de condições de trabalho e a melhoria dos nossos salários, pois, em São Luís, estamos há dois anos sem reajuste!”, pontuou a presidente do Sindeducação.

Em resposta aos pedidos da categoria de professores, o secretário Felipe Camarão afirmou que encaminhará um documento correspondente aos pontos de reivindicações até o dia 15 de junho. Disse, ainda, que falará com o prefeito da cidade, Edivaldo Holanda Júnior (PDT), no intuito de requerer ao chefe do executivo o agendamento de uma reunião com o Sindeducação para dialogar sobre as demandas educacionais de São Luís.

Os professores encerraram o Ato com um almoço na Praça Maria Aragão. Logo em seguida, as caravanas seguiram viagem para os municípios do interior do Estado.

O presidente da Força Sindical, Frazão Oliveira, destacou a força dos trabalhadores unidos. “O movimento sindical deu um grande passo na luta contra a retirada de direitos! Nós queremos a ampliação e a manutenção destes!”, disse a presidente da FetesPulsuma, profª Euramir Reis. Ela também ressaltou a luta coletiva: “É de suma importância a união das classes neste momento de enfrentamento, na luta pela valorização, por melhores condições de trabalho, pela estabilidade dos servidores públicos, reajuste digno aos professores e reconhecimento dos profissionais que fazem a educação! Que todos os gestores municipais possam respeitar as reivindicações dos professores, bem como o Governo do Estado, que hoje nos recebeu para dialogar”.

“O Sindeducação agradece e parabeniza a todos os companheiros que compareceram ao Ato e que enfrentaram horas de viagem. Este dia fica marcado como um momento histórico de unidade na luta pelos direitos dos profissionais do magistério, e que possamos sair hoje daqui com a certeza de que a nossa união é a nossa força. E vamos à luta, companheiros!”, finalizou a professora Elisabeth.

ASCOM/Amanda Aguiar

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