O Sindeducação realizou na manhã desta quarta-feira, 30 de maio, Assembleia Geral Extraordinária, no auditório Zenira Fiquene. A categoria de professores deliberou greve política por tempo indeterminado.
Greve Política, sim!
A presidente do Sindeducação, profª Elisabeth Castelo Branco, apresentou a proposta da entidade sindical trazendo um conceito diferente e estratégico de enfrentamento à retirada de direitos. “Todo movimento paredista é político! No entanto, há vários tipos de greve, que se distinguem de acordo com suas funcionalidades e objetivos. Precisamos fazer uma avaliação do atual momento nacional, estadual e municipal, onde o poder toma proporções alarmantes que estrangulam os nossos direitos sociais e trabalhistas. Vamos para o enfrentamento com a nossa maior arma, a nossa unidade. Juntos somos gigantes! E a proposta da entidade sindical é de fazer uma greve diferente, uma Greve Política, uma greve-protesto dos profissionais da educação contra a gestão austera de Edivaldo Holanda Júnior (PDT), que tem ocasionado graves prejuízos aos educadores ”, explicou.
O assessor jurídico, Antônio Carlos Araújo, endossou a fala da líder sindical e salientou que, assim como foi autorizado pela categoria na última assembleia (18 de maio), o “jurídico irá ingressar com Ação Dissídio Coletivo no Tribunal de Justiça do Maranhão para requerer revisão geral anual sobre os vencimentos dos servidores do magistério de São Luís, objetivando recompor o poder aquisitivo/poder de compra dos mesmos. O pedido será de repasse da inflação acumulada nos anos de 2016/2017/2018. De janeiro de 2016 a maio de 2018, a categoria amarga 9,53% de defasagem salarial. Vamos pleitear esse percentual por via judicial, porém não vamos recuar no embate político contra o desrespeito da administração pública municipal aos servidores que fazem a educação da nossa capital”.
Os professores presentes, por ampla maioria, aprovaram a proposta da entidade sindical e declararam Greve Política por tempo indeterminado, até o que o governo municipal respeite a educação e os direitos dos profissionais do magistério. Apenas quatro professores votaram contra.
O Sindeducação atua expressivamente na luta pela garantia dos direitos dos professores e é o único sindicato representante do funcionalismo municipal que tem a coragem de enfrentar o desgoverno da gestão Edivaldo Holanda Júnior (PDT).
“Na Greve Política, iremos expressar a nossa indignação em nosso ambiente de trabalho, não admitindo imposições e pressões por parte dos gestores; vamos realizar manifestações de forma pontual; denunciar a situação caótica dos espaços escolares; vamos desmascarar o assédio moral coletivo implantado pela Semed. Vamos fazer a nossa bravura ecoar e mostrar a grandeza da força coletiva”, enfatizou a presidente do sindicato.
A partir da próxima terça-feira, dia 5, a direção sindical irá intensificar a mobilização na base, no intuito de dialogar com os professores sobre a atual conjuntura, bem como distribuir materiais informativos, cartazes e camisas com o slogan da greve política: Governo municipal não respeita, não valoriza, vamos dar o troco!
Professor, o momento é de unidade e fortalecimento da nossa luta. São os nossos direitos que estão sendo retirados, não podemos nos calarmos ou acharmos que a luta não vai adiantar. É preciso reagir, resistir e avançar nas conquistas.
Participe das lutas!
4/06 – Ato Unificado dos professores municipais do Estado do Maranhão.
Concentração: Praça Maria Aragão
Horário: a partir das 8h
11/06 – Paralisação Geral de Advertência de 48h (11 e 12/06), com atrações culturais.
Concentração: Praça Maria Aragão
Horário: a partir das 8h.