Professor de geografia no Distrito Federal, Pablo Maya Pereira Ciari acredita que a presença na escola de professores ou de alunos com deficiência é benéfica para o grupo e para sociedade. “Além de proporcionar um enriquecimento da diversidade, promove o convívio dos estudantes com a diferença”, justifica. Ele leciona a turmas do ensino fundamental no Centro de Ensino do Lago Norte (Cedlan).
“A atuação de um professor cadeirante provoca uma reação por parte dos alunos, que se mobilizam para auxiliar no que for necessário”, explica. Segundo ele, essa mobilização é ainda mais marcante nos estudantes que apresentam algum tipo de deficiência. “O elemento do professor com deficiência apresenta-se como uma oportunidade para trabalhar valores éticos e de cidadania junto aos jovens”, diz.
Para Pablo, as principais dificuldades enfrentadas são as mesmas vividas pelos professores sem deficiência, como a grande quantidade de alunos. “São cerca de 400 alunos, divididos em dez turmas, que exigem um grande empenho, mas que também proporcionam momentos de prazer e gratificação”, ressalta.
O professor destaca a boa infraestrutura do Cedlan, que apresenta rampas e salas acessíveis, além de estacionamento dentro da área da unidade de ensino. De acordo com Pablo, isso evita o que costuma ocorrer em outras escolas, como as das superquadras de Brasília, com as vagas destinadas a deficientes usadas indevidamente.
Com graduação em geografia e pós-graduação em gestão ambiental, Pablo mudou-se do Rio de Janeiro há sete anos para trabalhar no Ministério do Meio Ambiente, como técnico especialista, em caráter temporário. Atualmente, integra o quadro efetivo de professores da rede pública de ensino do Distrito Federal. Para ele, tanto a atividade de professor quanto a de técnico em meio ambiente têm a missão de promover a transformação e o aperfeiçoamento das relações que se desenvolvem na sociedade para construção de um mundo melhor.
Do Portal do MEC / Fátima Schenini