Primeiros dias de lotação dos (as) professores (as) que realizaram o seletivo de ampliação são marcados por desorganização.

Desde que foi anunciado que a Prefeitura de São Luís realizaria seletivo para ampliar jornada de trabalho de professores (as) para 40 horas, como forma de minimizar os impactos da carência na rede, o Sindeducação tem acompanhado de perto todo o processo. Todos os pontos que o Sindeducação tinha para colocar de melhorias e que poderiam ter sido levados em conta pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) foram expostos pela entidade. (Confira aqui)

Ampliação de jornada é uma demanda recorrente da categoria. As primeiras ampliações foram concedidas em 2008, desde então têm ocorrido por meio de indicação das direções das escolas ou da própria Semed, sem qualquer levantamento de demanda ou democracia no preenchimento das vagas. Por isso, nossa exigência era que a concessão de jornada ampliada fosse realizada por meio de seletivo público, regido por um edital com regras democráticas em que todos os (as) profissionais da rede pudessem participar.  Aproveitamos para parabenizar os (as) professores que foram selecionados para esta ampliação.

Nossa entidade sempre cobrou da Prefeitura total transparência e democracia em todo o processo. Na última sexta-feira, 5 de agosto, foi realizada uma solenidade de entrega de portarias de ampliação (confira aqui como foi). Naquele momento só foi informado aos (às) aprovados (as) que a convocação para lotação seria iniciada na segunda-feira (9).  O setor de Recursos Humanos da Semed não teve tempo hábil para organizar o atendimento e o resultado foi aglomeração, desencontro de informações e fila enorme para receber atendimento nestes primeiros dias. Na manhã de segunda-feira (8), por exemplo, alguns professores chegaram e receberam senhas e, até o final da tarde, não haviam sido atendidos. O RH distribuiu senhas por ordem de chegada, quando o correto – que deve acontecer em todo processo seletivo, é que a ordem de classificação seja respeitada.

O local escolhido para a realização das convocatórias e a demora no atendimento não foram as únicas queixas dos (as) professores. Muitos dos que realizaram o processo não sabem como irão proceder para lecionarem em duas escolas em locais tão afastados em um curto espaço de tempo de uma escola para outra para o cumprimento da carga horária diária. Faltou à Semed fazer um planejamento maior sobre este ponto importante – a pasta poderia priorizar as escolas que são mais próximas para o (a) professor (a).

Registramos mais reclamações, entre elas que a Semed, na hora de lotar, considerou apenas 3 horas de aula em uma UEB, uma logística que, para os vários problemas que temos na nossa capital (transporte público demorado, escolas com difícil acesso), torna-se um transtorno e pode, inclusive, prejudicar o andamento da escola, em situações de atraso. Também preocupa a nossa entidade e aos docentes a questão do vínculo com a escola. Como o (a) professor (as) participará de reunião ou criará projetos durante 180 minutos?

Outras reclamações estão chegando a todo o momento em nossos canais de atendimento. O Sindeducação está tentando mediar com a Semed a melhor forma possível para que os que participaram do edital saiam da convocatória satisfeitos. Àqueles que entraram com recursos e que ainda estão se sentindo prejudicados com a demora nas repostas ou que não se sentirem contemplados com a justificativa dada pela Semed pela não aprovação, nós pedimos que busquem o sindicato para juntos analisarmos os casos individuais e tomarmos as providências cabíveis.

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IMPRENSA SINDEDUCAÇÃO

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