Primeira plenária virtual do Sindeducação de 2021 discute Calendário Escolar 2020/2021

 

Na noite de terça-feira (26), a gestão “Da unidade vai nascer a novidade” realizou sua primeira plenária do ano e, em decorrência dos cuidados sanitários como forma de conter a transmissão da covid-19, a direção do Sindeducação optou em fazê-la remotamente por meio da plataforma Zoom. Foram mais de 200 inscrições realizadas e cerca de 150 professores e professoras participaram da reunião on-line, que teve como objetivo principal discutir o Calendário Escolar 2020/2021 da rede pública municipal.

De acordo com a presidente do Sindeducação, Sheila Bordalo, a primeira reunião foi considerada muito positiva, tanto pela grande participação, quanto pelo debate amplo e qualificado sobre as propostas que a Secretaria Municipal de Educação (Semed) anunciou recentemente para a reorganização dos anos letivos de 2020 e 2021. Para a dirigente sindical, a partir dessa reunião, que trouxe à tona inúmeros pontos de vistas, o sindicato fortalecerá, ainda mais, o seu caminho em defesa dos direitos dos professores e professoras, que reivindicam melhores condições de trabalho para efetivação do ensino remoto e que este seja visto como suplementar ao presencial. E ainda expressaram a preocupação com o aprofundamento das desigualdades sociais e educacionais que já existem na capital maranhense.

Durante a reunião foram inúmeras as solicitações de fala por vídeo. Os docentes também puderam interagir por meio do bate-papo de texto, o que ampliou a quantidade de depoimentos, análises, propostas e críticas – entre elas o questionamento sobre a distribuição de Chips com internet aos alunos como política de inclusão digital da Semed, sem considerar a realidade de dificuldades e privações das famílias que, muitas vezes, contam com apenas um aparelho celular para vários alunos; por outro lado, a pouca preocupação com intensa jornada de trabalho dos educadores, que estão sobrecarregados e, até o momento, sem o devido suporte tecnológico e pedagógico para as aulas remotas.

O Sindeducação informou na plenária virtual que, na última reunião com a secretária Esmênia Miranda, lamentou que as propostas da Semed foram impositivas desde o início da pandemia, sem a devida participação e contribuição dos professores, evidenciando que nem todos os profissionais do magistério estavam aptos para a condução de atividades pedagógicas remotas, devido às dificuldades de acesso e uso de tecnologias educacionais digitais, algo que demanda tempo e  formação, mas que, graças ao esforço empreendido por esses profissionais e o compromisso que têm com a educação pública, o ensino remoto está sendo realizado, um mérito exclusivamente deles.  Foi informado na videoconferência que a partir dessa reunião, o sindicato solicitou fazer parte da comissão constituída pelas equipes da Semed, que irá acompanhar a elaboração e operacionalização da reorganização do calendário escolar.

“Vamos acompanhar de perto e fazer as exigências cabíveis sobre a distribuição dos chips e computadores para os professores, sobre reestruturação física das escolas do município, o respeito aos direitos já garantidos, no tocante à carga horária de ensino; bem como os cursos que a secretaria disponibilizará aos professores neste primeiro semestre. Vamos também, conforme reivindicação dos professores na plenária, insistir na necessidade de a secretaria emitir documentos de orientação aos professores e gestores das escolas em tempo hábil, e tenham o direcionamento correto sobre a finalização do calendário, a reestruturação curricular, o preenchimento do Sislame e a realização das atividades remotas, que estão sendo exercidas atualmente pelos professores, por meio do uso do aplicativo de mensagens WhatsApp ou por materiais impressos”, declarou a presidente.

Por fim, todos os dirigentes do sindicato presentes na plenária reafirmaram que essa será a prática da entidade, ouvir, esclarecer, dialogar e decidir tudo coletivamente. Assim, a partir do que foi discutido na plenária virtual, com a contribuição dos participantes, o sindicato formatará um documento e encaminhará à Semed com as sugestões e críticas relativas a reorganização do calendário escolar e para minimizar os impactos sofridos na educação pública municipal ocasionados pela pandemia da covid-19. O documento será entregue também ao Ministério Público e ao Conselho Municipal de Educação.

 

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IMPRENSA SINDEDUCAÇÃO

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