Por culpa da Prefeitura educadores aprovam greve geral a partir do dia 25

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Diante da insistência da Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria de Educação Municipal (SEMED), em manter a concessão do reajuste salarial 2016 de forma parcelada, os professores da rede pública municipal rejeitaram mais uma vez a contraproposta do governo municipal, e deliberaram pela paralisação das atividades por tempo indeterminado.

A decisão foi acertada durante Assembleia Geral Extraordinária, realizada na manhã desta quinta-feira (19), na FETIEMA. Ao todo, 449 professores participaram da reunião, e deixaram explicito a indignação da classe com a propositiva do poder público.

Proposta apresentada pelo governo municipal

No dia 18 de maio, a SEMED apresentou uma nova contraproposta de 10,67% em duas parcelas, sendo a primeira de 5% no mês de junho, com retroativo a janeiro, e a segunda de 5,4% em novembro, sem retroativo.

Na assembleia, os professores rejeitaram a proposta do poder público e defenderam a concretização do reajuste de 11,36% integral (com retroativo) e votaram a favor da greve geral.   Os educadores reforçaram que a greve é um movimento de luta, e que o governo de Edivaldo Holanda Júnior permanece omisso e inerte à situação caótica da educação pública.

Durante o momento de debate pleiteado pelos educadores, algumas pessoas foram desrespeitadas em seus posicionamentos por professores que não aceitavam que o colega não fosse a favor da greve. Na ocasião, a dirigente sindical, professora Orfisa Surama, pediu que os professores se acalmassem e respeitassem a opinião de cada participante.

Contudo, a presidente do Sindeducação, professora Elisabeth Castelo Branco, mais uma vez, conduziu com coerência e democracia a assembleia, respeitando e acatando as decisões da categoria que representa. Em seu discurso a presidente ponderou que o momento requer sabedoria no enfrentamento contra o poder público. “Ao sindicato cabe o papel de apoiar os professores em suas deliberações. Mas vamos fazer isso de forma coletiva, em prol da verdadeira luta dos educadores”, frisou.

Elisabeth pontuou ainda, que não aceita o parcelamento e relembrou a sua afirmação na greve de 2014. “Sempre fui contra o parcelamento. Acho injusto recebermos fracionado, quando o nosso trabalho é desenvolvido de forma integral”, disse.

O assessor jurídico do Sindeducação, Antônio Carlos, fez uso da palavra e ressaltou que o parcelamento proposto pelo governo municipal é ilegal e que o ente público é obrigado a cumprir a norma pública na estrita previsão legal. “Nós insistimos junto ao secretário que o parcelamento contraria a norma que trata da carreira do servidor público municipal. A legislação pública tem que ser interpretada da maneira mais rígida e legalista possível. A norma não prevê parcelamento algum e não pode ser inventado pelo poder municipal”, argumentou.

O Sindeducação, como representante legal da categoria, acatou a decisão dos professores e iniciará o movimento grevista no dia 25 de maio, cumprindo os termos legais do prazo estabelecido de 72h.

Movimento paredista

No dia 25 de maio, os professores realizarão uma caminhada da Igreja do São Francisco à Prefeitura de São Luís.

 

 

2 Comentários

  • Wellina disse:

    Os contratados tb tem o direito de participar?

  • Polêmico disse:

    É necessário nos aproximarmos dos meios de comunicação por que todos muitos deles estão deturpando o caráter e os motivos da greve. Na podemos cair na antipatia popular. Precisamos sair de nossa concha e botar a cara na mídia. Não devemos esperar que ela nos procure, vamos atrás dela.

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