Paralisação Geral: professores da rede municipal mostram força na luta pela garantia de direitos


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Em resposta à política de arrocho salarial e desvalorização, os professores da rede pública municipal de São Luís foram às ruas mostrar resistência na manhã desta quarta-feira, 25 de abril. O ato liderado pelo Sindeducação, gestão Resistir, lutar e Avançar nas Conquistas, reuniu professores e lideranças sindicais municipais e estaduais, na Praça Maria Aragão.

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Os manifestantes seguiram em caminhada pela Av. Beira Mar até a prefeitura de São Luís, com discursos de indignação em relação à postura do gestor público, onde exigiram a retomada das negociações com a presença do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT).

“Não aceitamos que o chefe do executivo se exima de suas responsabilidades e se esconda atrás do seu secretariado, nós queremos negociar é com o prefeito da cidade, e, por tanto não recuaremos diante da intransigência do governo municipal. Não somente os professores, mas, todo o funcionalismo público está sofrendo com essa política de estrangulamento de direitos. Edivaldo Holanda Júnior precisa assumir seu papel de gestor e gerir a coisa pública com seriedade e comprometimento, pois o povo não aguenta mais ser tratado com tanto desrespeito”, ressaltou a presidente do Sindeducação, professora Elisabeth Castelo Branco.

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Elisabeth Castelo Branco, Presidente do Sindeducação

O movimento também chamou a atenção do governador Flávio Dino (PCdoB) para a reivindicação dos professores, que, pelo segundo ano consecutivo, recebem a negação de reajuste salarial. Com a faixa: Governador, dialogue com os professores, os manifestantes provocaram o chefe do executivo estadual para receber a categoria, já que o prefeito é aliado e de partido de coligação com o governo.

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Além da pauta salarial, os professores também reivindicam melhores condições de trabalho, bem como a disponibilização de material didático e pedagógico para o desenvolvimento do trabalho docente.

“Hoje estamos mais uma vez diante da Prefeitura para darmos uma verdadeira aula de cidadania. Podemos partir dentro da História no período da antiguidade, trazendo a mitologia grega temos a figura mitológica do gigante Procusto que amarrava suas vítimas na sua cama de ferro e aqueles que não tinham a sua medida tinham pernas e outras partes cortadas ou eram esticados até caber na medida exata. O prefeito de São Luís é o ‘Procusto da atualidade’, tem uma visão fechada, trata os professores com ‘a sua própria medida’, ou seja, é extremamente intolerante com a categoria”, ressaltou a 2ª tesoureira do Sindeducação, professora Nathália Karoline.

O sucateamento das escolas públicas alcança proporções alarmantes, os problemas estruturais estão inviabilizando o processo ensino e aprendizagem, ocasionando prejuízos irreparáveis aos alunos da rede pública. Os professores, aproveitaram o momento para denunciar a realidade caótica dos espaços escolares.

“Trabalhamos em condições precárias, sem ventiladores em sala de aula, sem iluminação adequada, sem material de apoio, sem máquina de xérox. Problemas que inviabilizam a oferta de uma educação de qualidade. E somos nós, que estamos todos os dias na sala de aula, que sabemos das dificuldades, por isso precisamos manter a nossa capacidade de indignação e continuar lutando pela melhoria da educação pública”.

Para o presidente da Fetracse-MA, Gelilson Gonçalves, esse momento é de unidade. “Todos os trabalhadores precisam se organizar para lutar pela garantia dos seus direitos, diante da atual conjuntura política, em que estamos retrocedendo enquanto classe trabalhadora. Precisamos nesse momento unificar forças e seguir em resistência aos ataques dos governos”.

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Fique atento!

Neste sábado, 28, o Sindeducação realizará Assembleia Geral Extraordinária, no auditório Alberto Abdala, FIEMA, a partir das 8h30min. O objetivo é deliberar sobre os novos rumos das ações de luta e resistência da categoria de professores.

Segundo a presidente do Sindeducação, professora Elisabeth Castelo Branco, a categoria entendeu o momento e aderiu ao movimento paralisando cerca de 90% das escolas da rede pública municipal.

“Precisamos continuar coesos e organizados, para mostrar para esse governo que professor é a  elite pensante dessa sociedade  e precisa ser respeitado e valorizado. Vamos à luta professores, com garra, força e determinação”.

 

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