São Luís vive hoje o maior colapso da história da educação pública municipal, com escolas sem mínimas condições para permanência de professores e alunos.  Desta vez, a situação aconteceu na UEB Monsenhor Frederico Chaves (Educação Infantil), no último domingo, 18 de junho.  Na manhã desta terça-feira, 20 de junho, os diretores do Sindeducação, professor Giorgio Nunes e a professora Orfisa Surama, estiveram na unidade de ensino para verificar a situação da escola.

Felizmente, o desabamento não ocorreu em dia letivo, mas causou angústia e medo nas crianças e professores, que vem sofrendo com a falta de infraestrutura do local. Em outras salas o forro está comprometido e há indício que o fato pode se repetir. Além dos problemas com as goteiras e infiltrações, a unidade de ensino não mantém iluminação adequada e ventiladores suficientes por sala.  A comunidade escolar também denuncia a carência de água na escola, com frequência de dia sim e outro não.

A UEB Monsenhor Frederico Chaves (Educação Infantil), após a ocorrência de um assalto em 2015, recebeu algumas manutenções nas redes elétricas e hidráulicas, dentre outros. Os paliativos não resolveram efetivamente o quadro problemático e após dois anos, a escola apresenta graves problemas. “Falta qualidade no processo de reformas e manutenções das escolas, por isso as dificuldades são recorrentes”, criticou a professora Surama.

Com o atual cenário de precarização da educação pública, o direito de crianças e professores estão sendo, brutalmente, lesados, visto que o gestor público, prefeito Edivaldo Holanda Júnior se mantém inerte ao seu papel de administrador e tem conduzido a cidade ao caos generalizado.

Quatro desabamentos foram registrados este ano

Em março deste ano, uma parte do teto da escola municipal Darcy Ribeiro desabou e deixou uma professora e dois alunos feridos. Na mesma semana, parte do teto da UEB Rosa Mochel desabou e uma lâmpada caiu na cabeça de uma educadora na UEB Antônio Vieira. No mês de maio, outro incidente aconteceu na UEB Jackson Lago. Diante da conjuntura educacional o chefe do executivo permanece inerte e sua irresponsabilidade poderá gerar consequências fatais.

O Sindeducação – gestão Resistir, lutar e Avançar nas Conquista, produzirá um relatório sobre as condições da UEB Monsenhor Frederico Chaves (educação infantil) e encaminhará para a Promotoria Especializada da Educação do estado, solicitando uma reunião em caráter de urgência, bem como medidas de apuração de responsabilidade. A direção sindical também irá encaminhar a denúncia à Comissão de Defesa da Educação da OAB-MA e à Câmara de Vereadores de São Luís.

“O Sindeducação irá buscar todas as instâncias para que intervenham e estabeleçam medidas punitivas para o descaso da prefeitura de São Luís com a vida de crianças, jovens e professores da rede de ensino”, frisou a presidente do Sindeducação, professora Elisabeth Castelo Branco.