Infelizmente, o prefeito Eduardo Braide segue atuando de forma autoritária, visto exemplo
da entrevista desta sexta-feira, 27 de maio, na TV Mirante. Lamentável a postura de um
gestor que tenta se vingar de uma entidade representativa de classe, declarando que a
“greve não precisava ter acontecido” e que vai “dialogar diretamente com os professores
sobre o pagamento do Fundef, pois percebeu que durante a paralisação muitos pontos
tratados com o sindicato não foram repassados para categoria”.
Mais uma vez lembramos ao prefeito Eduardo Braide que, se a categoria deliberou pelo
início da greve, foi porque foram esgotados todas as tratativas de negociação em busca de
um reajuste digno e além disso, foi uma forma de mostrar para a sociedade que, além de
valorização, queríamos o fim dos espaços insalubres para termos condições de lecionarmos
e os alunos aprenderem. Uma coisa é certa: a emissora que Braide utiliza para tentar
enganar a população sobre como conduz a Educação no município é a mesma que nesta
semana já denunciou em várias matérias o descaso na rede: falta de ônibus, escolares,
escolas desabando, pais e responsáveis realizando manifestações com várias reivindicações,
entre outras situações que lamentamos as crianças vivenciarem.
Sobre o reajuste salarial, infelizmente o prefeito Eduardo Braide dialoga com os servidores
apenas por meio de suas redes sociais, deixando vagas as informações e gerando muitas
expectativas, devido a possibilidade de várias interpretações dos textos em suas postagens,
principalmente para uma categoria que estava há quase seis anos com seus salários
congelados.
A categoria esperava que, nesta sexta-feira (27), conforme publicação nas redes sociais do
prefeito sobre o pagamento antecipado e reajustado, o salário entraria na conta com o
reajuste, entretanto não foi o que aconteceu para os quase 8 mil professores e professoras
da ativa e aposentados.
Lembrando que o Sindeducação já havia notificado a Prefeitura de São Luís via ofício, sobre
a necessidade de alterar o artigo 4° da Lei n° 7002/2022, que trata do pagamento dos
valores retroativos referentes ao reajuste dos (as) professores (as) do nível superior, que
deveria ser pago em duas parcelas, em julho e agosto, segundo acordo de suspensão da
greve, mediado pelo MP e não em cinco parcelas como foi aprovado na referida lei. Na
oportunidade, a entidade sugeriu que o reajuste fosse pago ainda em maio ou em folha
suplementar, já que a administração municipal se antecipou e disse que a folha deste mês já
havia sido fechada. Na verdade, era uma questão de boa vontade da gestão municipal.
É importante salientar que o retroativo, também referente a janeiro, dos professores de
nível médio deverá ter seu pagamento efetuado em apenas uma parcela, no mês em que for
implantado o reajuste.
Até o momento, a categoria cumpriu com todos os termos que lhe cabia no acordo, realizado
sobretudo para que houvesse continuidade da mesa de negociação no que tange aos itens
relativos ao nosso Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) e às condições de
trabalho. O prefeito Eduardo Braide não acatou a recomendação do Sindeducação para o
pagamento em folha suplementar e alteração da Lei do reajuste, claramente demonstrando
que prefere agir por conta própria, sem levar em consideração que centenas de servidores
dependem de seus salários reajustados para darem continuidade ao sustento de suas
famílias.
Toda essa postura, sem tratar os educadores com a devida atenção e respeito, infelizmente
também acaba ocasionado muito anseio em todos, inclusive gerando fake news que logo se
espalham pela cidade. O Sindeducação aproveita a oportunidade para explicar a toda
categoria que não está convocando os professores e professoras para retornarem à greve.
Não é verdade! Nossa greve, até o momento, está suspensa. Pelo compromisso que temos
com todos e respeitando todos os trâmites legais, o retorno para um movimento paredista
só será realizado após a convocação de uma Assembleia Geral com pauta especifica e
votação por ampla maioria. Mais um vez informamos que é muito importante que todos
acompanhem nossos canais oficiais de comunicação e busquem o sindicato para qualquer
esclarecimento sobre este e outros assuntos.
O Sindeducação está vigilante e mobilizado, bem como permanece realizando as visitas às
escolas e cobrando da Semed e da Prefeitura o atendimento de todas as demandas da
categoria.

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