NACIONAL | Sindeducação participa de reunião do CNE para debater a conjuntura política nacional

A presidente do Sindeducação, professora Elisabeth Castelo Branco, participou da reunião do Conselho Nacional de Entidades em Educação (CNE), em Curitiba (PR). O evento aconteceu nos dias 8 e 9 de novembro, no auditório do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Educação Pública do Paraná, com a presença de 150 conselheiros e conselheiras de entidades que representam profissionais da educação de todo o país.

O encontro também definiu pautas, ações e mobilizações a serem desenvolvidas ao longo do próximo ano, com o intuito de fortalecer a organização da luta sindical no enfrentamento das políticas inspiradas em valores fascistas, que visam massacrar os direitos sociais e trabalhistas do povo brasileiro. Também foram articuladas campanhas contra os cortes sociais (EC 95/2016), em defesa da Reforma Tributária Solidária e pelo FUNDEB permanente.

Participaram do evento o presidente da CNTE, Heleno Araújo; a vice-presidente, Marlei Carvalho; a secretária-geral da entidade, Fátima Silva; e o presidente do sindicato anfitrião, Hermes Leão, que abriram o ciclo de atividades da reunião deliberativa. Foram debatedores do primeiro ciclo, Combertty Rodriguez, coordenador do Escritório Regional para América Latina da Internacional da Educação (IEAL) em San José na Costa Rica; Dr. José Lopes, da Executiva Estadual do PcdoB/PR; e o professor Luiz Dulci, vice-presidente do Diretório Nacional do PT e diretor do Instituto Lula.

O primeiro painel fora apresentado por Combertty Rodriguez, que fez um apanhando da conjuntura internacional, salientando a interferência de outros países na política brasileira, em que há a alimentação do conservadorismo em todo o continente latinoamericano. O representante do IEAL relembrou o impeachment que destituiu a presidente eleita democraticamente, Dilma Rousseff, em 2016, e ressaltou que vários países vêm enfrentando golpes de Estado. O debatedor chamou, também, a atenção para o projeto de Mercantilização que vem sendo fortalecido pelo governo direitista.

“Os setores privados querem recursos públicos para garantir seu lucro. As chamadas ‘Parcerias Público-Privadas’ são a forma de institucionalizar essa lógica do mercado. Precisamos lutar contra um modelo de educação homogeneizada, almejado pela direita, e defender a educação pública para todos”, endossou Combertty.

Para o debatedor José Lopes, a resistência e a unidade são fatores fundamentais para o enfrentamento da política de austeridade instalada no país. “A batalha pela democracia e a luta por direitos está enraizada em nossa história. É necessário reconstruir o sindicalismo! Entendo que vivemos um momento político atípico, e precisamos consolidar a unidade de todas as frentes progressistas da esquerda, respeitando as diferenças, para que possamos combater o fascismo. São necessários disposição, força e organização”, frisou Lopes.

Encerrando o primeiro ciclo de debates, Luiz Dulce provocou a reflexão sobre a análise histórica ao atual momento, abordando questões pontuais que culminaram no fortalecimento da direita e a concretização do golpe que assolou a democracia. “A atual situação do Brasil não requer somente a nossa organização em defesa dos direitos dos professores, mas em prol da nação, dos direitos sociais e fundamentais que estão sendo ameaçados por um governo hostil e antipovo. O movimento sindical precisa buscar uma reconstrução imediata, buscando o elo dentro da base para, sim, fortalecermos a organização da classe trabalhadora”, ressaltou Dulce.

Como parte das discussões e encaminhamentos, o Conselho também deliberou sobre o planejamento para 2019 e novas filiações à CNTE, entre outros informes.

 

 

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