15M | Greve Geral da Educação reúne cerca de 30 mil pessoas nas ruas do Centro Histórico de São Luís

Liderados pelo Sindeducação, os professores da Rede Pública Municipal aderiram em massa à Greve Geral da Educação convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE, pelas Centrais Sindicais, UNE e UBES. A Praça Deodoro, no Centro Comercial de São Luís, local da concentração, foi tomada por milhares de educadores e estudantes que protestaram contra a Reforma da Previdência e corte de verbas da Educação Pública, dentre outras pautas, como o patrulhamento ideológico nas escolas.

Praça Deodoro ficou pequena para milhares de professores e estudantes da Capital.

Durante discurso, a professora Elisabeth Castelo Branco, presidente do Sindeducação, alertou sobre a importância da unidade da classe estudantil e dos Profissionais do Magistério em defesa das pautas comuns da Educação Pública, e ressaltou o cenário adverso que precisa ser enfrentado, com coragem, por todos que defendem a Educação Básica e o Ensino Superior.

É hora de seguirmos unidos, de mãos dadas sem soltar a mão de ninguém, pois somente assim é que derrubaremos o Governo Bolsonaro, que quer destruir todo o avanço e a política educacional conquistada às duras penas ao longo de décadas de luta”, frisou a sindicalista.

Professora Elisabeth Castelo Branco ressaltou a importância da unidade em defesa das pautas da Educação Pública.

Para a professora, a força e unidade demonstradas no movimento desta quarta-feira, 15, em São Luís, nos municípios do interior do Maranhão, e de todo o país, darão o norte das próximas mobilizações. “Educadores e estudantes mandaram um recado claro ao presidente Jair Bolsonaro, de que não aceitarão os ataques à Educação Pública, e que a luta persistirá até que ele compreenda e pare os ataques”, finalizou.

AGRADECIMENTO – A sindicalista também agradeceu a presença massiva dos professores da Rede Municipal que, mais cedo, lotaram a Assembleia Geral da categoria realizada no período da manhã, no auditório da FETIEMA. Os trabalhadores em educação da Capital aprovaram Estado de Greve contra a política de arrocho salarial do Governo Edivaldo Holanda Júnior.

Professores aproveitaram para divulgar as demandas específicas da categoria.

Quero agradecer imensamente aos professores presentes por terem atendido nossa convocação para dar um basta aos ataques do governo federal e municipal” pontuou Elisabeth Castelo Branco.

Participaram da mobilização, dentre outros, a Força Sindical; sindicatos de trabalhadores ligados à Educação Pública; grêmios estudantis; professores universitários; UNEGRO; União Brasileira de Mulheres – UBM; artistas e movimentos sociais em geral.

CORTES – Nos últimos dias o presidente Jair Bolsonaro e seu ministro da Educação, Abraham Weintraub, reforçaram os ataques à Educação Pública, cortando R$ 5,7 bilhões de reais das verbas educacionais, sendo R$ 2,1 bilhões das universidades e institutos federais. Da Educação Básica, foram cortados R$ 914 milhões do orçamento geral; R$ 273 milhões do programa de apoio à infraestrutura das escolas de ensino básico; e outros R$ 132,6 milhões alocados para apoiar essa etapa da vida estudantil, segundo informa o Jornal O Globo.

Nem iniciativas específicas para as creches e pré-escolas escaparam dos cortes: R$ 15 milhões estão congelados do programa de manutenção da educação infantil (15,7% do total programado). Em outra ação para implantação dessas escolas, a perda foi de R$ 6 milhões (20% do total).

A alfabetização de jovens e adultos também entrou na mira do MEC, com corte de R$ 14 milhões dos R$ 34 milhões previstos no orçamento. Um programa específico que promovia qualificação profissional entre esse público também sofreu corte, de 25% do total de R$ 40 milhões.

REFORMA DA PREVIDÊNCIA – A proposta de Reforma da Previdência apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro, ao Congresso Nacional, por meio da Proposta de Emenda Constitucional – PEC n.º 6/2019, penaliza os profissionais do Magistério. Os professores, que hoje podem se aposentar aos 55 anos e com 30 anos de contribuição, passarão a ter o direito apenas com 60 anos de idade. Para as professoras, a proposta é ainda mais cruel, elas terão de trabalhar mais 10 anos, passando de 50 para 60 anos de idade, e contribuir ao longo de 30 anos para conquistar a tão sonhada aposentadoria, hoje são 25 anos.

Para alcançar a aposentadoria, para aqueles que serão enquadrados no processo de transição, segundo a proposta de reforma do governo, precisarão atingir 81 anos para as mulheres e 91 anos para os homens. Esse total será calculado com a soma de idade e tempo de contribuição.

Neste caso, a idade começa com 51 anos para as mulheres e 56 para os homens em 2020, aumentando seis meses a cada ano até chegar a 60.

 

Imprensa Sindeducação.

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