Pela manhã, os educadores vão se reunir em Assembleia Geral; e pela tarde, às 15h, participarão, na Praça Deodoro, da Greve Geral da Educação.
A presidente do Sindeducação, professora Elisabeth Castelo Branco, convoca toda a categoria para adesão à Greve Geral da Educação no próximo dia 15 de Maio, a partir das 15 horas, na Praça Deodoro, com a participação dos trabalhadores em educação de toda Capital; estudantes das universidades e institutos federais; e movimentos sociais em geral. Pela manhã, a sindicalista lembra aos educadores, a participação em outra atividade importante, a Assembleia Geral Extraordinária, às 8h30, que avaliará a paralisação de advertência realizada no último dia 30, e encaminhará decisão sobre a resposta do Governo Municipal para a Campanha Salarial 2019 dos educadores ludovicenses.
Nos últimos dias o presidente Jair Bolsonaro e seu ministro da Educação, Abraham Weintraub, reforçaram os ataques à Educação Pública, cortando R$ 5,7 bilhões de reais das verbas educacionais, sendo R$ 2,1 bilhões das universidades e institutos federais. Da Educação Básica, foram cortados R$ 914 milhões do orçamento geral; R$ 273 milhões do programa de apoio à infraestrutura das escolas de ensino básico; e outros R$ 132,6 milhões alocados para apoiar essa etapa da vida estudantil, segundo informa o Jornal O Globo.
Nem iniciativas específicas para as creches e pré-escolas escaparam dos cortes: R$ 15 milhões estão congelados do programa de manutenção da educação infantil (15,7% do total programado). Em outra ação para implantação dessas escolas, a perda foi de R$ 6 milhões (20% do total).
A alfabetização de jovens e adultos também entrou na mira do MEC, com corte de R$ 14 milhões dos R$ 34 milhões previstos no orçamento. Um programa específico que promovia qualificação profissional entre esse público também sofreu corte, de 25% do total de R$ 40 milhões.
Para a professora Elisabeth, os ataques representam um claro recado do Governo à Educação: Vamos destruir todo o sistema educacional brasileiro!. Para a sindicalista, dos professores se engajarem às ruas e reforçar o coro de resistência ao desmonte da Educação Pública brasileira.
“O Governo abriu guerra à Educação e aos professores, a quem ele atribui todos os problemas educacionais do país. É hora de reagir professores e ir à luta”, frisou a presidente.
“Os cortes certamente são para sucatear os espaços, mais ainda, os espaços educacionais, as universidades públicas, em detrimento das faculdades particulares que, atualmente, contam com dinheiro público para se manter, e possuem, cada vez mais, estruturas robustas”, denunciou a presidente.
Os trabalhadores também repudiam a proposta de reforma da Previdência, que é altamente prejudicial para os mais pobres e para os profissionais do magistério; contra o patrulhamento ideológico nas escolas e nas universidades, e a ofensiva da Lei da Mordaça (Escola sem Partido ou de Partido Único?); dentre outras bandeiras de luta.
FILOSOFIA E SOCIOLOGIA – Falando em nome da Diretoria do Sindeducação, a professora Elisabeth Castelo Branco repudiou a manifestação do presidente da República, Jair Bolsonaro, no sentido de que pretende reduzir os investimentos públicos em faculdades de filosofia e sociologia, sob o mesquinho argumento de que “o objetivo é focar em áreas que gerem retorno imediato ao contribuinte”. O objeto da filosofia e das ciências humanas, em geral, é, numa simples definição, a formação de uma base teórica e crítica que permita pensar livremente o que é o ser humano.
A entidade sindical lembra que Constituição Brasileira coloca como finalidade da educação nacional três objetivos básicos: “pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (Art. 205). As ciências, puras e aplicadas, não são suficientes para alcançar esses objetivos, porque eles dependem de processos reflexivos e, assim, a Filosofia se torna necessária na educação básica e no ensino superior.
Além disso, a Filosofia também é a consciência das ciências. As grandes revoluções científicas (e também as sociopolíticas e religiosas) da humanidade foram precedidas, estimuladas e consolidadas por reflexões filosóficas. Isso sem contar a contribuição da Filosofia para algumas áreas específicas, por exemplo, Direito, Economia, Administração, e tantas outras”, finalizou.
Imprensa Sindeducação.